quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Especies Capturadas

Alcorraz- Sargo Alcorraz
Nome Cientifico: Diplodus annularis


O sargo-alcorraz é uma espécie típica do litoral, principalmente de pradarias de plantas marinhas. Tem o corpo acinzentado com ventre prateado, apresentando uma banda vertical negra sobre o pedúnculo caudal e cinco bandas verticais no dorso. É uma espécie típica do litoral, principalmente de pradarias de plantas marinhas Os juvenis vivem em grupos, ao contrário dos adultos que são observados aos pares. Da sua alimentação fazem parte crustáceos, moluscos, equinodermes e hidrozoários, que vivem sobre o fundo. Esta espécie é hermafrodita, pois alguns indivíduos machos podem transformar-se em fêmeas.

Besugo
Nome Científico: Pagellus acarne 

O besugo tem o corpo fusiforme e ligeiramente comprimido quando comparado com outros peixes da família. É uma espécie litoral, observada em vários tipos de fundo, especialmente de algas e areia. Este peixe é hermafrodita, pois a maioria quando nasce tem sexo feminino. Transformam-se em machos numa fase posterior da sua vida.

 Bica
Nome Cientifico: Pagellus Erythrinus

A bica tem o corpo rosa-prateado com uma banda de vermelho-vivo no opérculo e outra no dorso, junto ao pedúnculo caudal. A barbatana caudal também apresenta os bordos vermelhos.
Habita tanto em substratos rochosos como arenosos, ocorrendo geralmente perto do fundo.


Carapau
Nome Científico: Trachurus Trachurus

Os carapaus têm o corpo fusiforme, bastante musculado e com barbatanas fortes, que lhes permitem nadar rápida e constantemente. Os adultos formam cardumes, que passam o Inverno afastados da costa e só se aproximam na Primavera e Verão, para desovarem. Estes cardumes refugiam-se junto ao fundo durante o dia e alimentam-se à noite, próximo da superfície. Os juvenis, conhecidos como "jaquinzinhos", abrigam-se entre os tentáculos de medusas, onde também obtêm restos das suas presas. Pescá-los é evitar que cresçam e se reproduzam pelo menos uma vez na vida, o que ameaça o futuro da espécie.

Cavala / Sarda
Nome Científico: Scomber scombrus Linnaeus

As cavalas, tal como os atuns, nadam rápida e constantemente e são conhecidas por migrações de longo curso. A sua forma fusiforme, altamente musculada e as barbatanas rígidas (que agem como quilhas) são características que lhe permitem este estilo de vida. É um peixe de cardume, que passa os dias junto ao fundo, para evitar predadores. Durante a noite aproxima-se da superfície para se alimentar. Esta espécie é usada na China para fins medicinais.

 Charroco
Nome Científico: Halobatrachus didactylus

O charroco é um peixe solitário que vive no fundo, dissimulado entre pedras, lodo e areia. Aqui, permanece imóvel e alerta, à espera das suas presas - crustáceos, moluscos e pequenos peixes - que captura com um ataque fulminante. As fêmeas depositam os ovos no fundo, para serem guardados pelos machos até à eclosão.

Choco
Nome Científico: Sepia officinalis
O choco permanece enterrado em fundos de areia. Apesar do seu aspecto inofensivo, é um predador astuto e eficiente. Graças à capacidade de mudar de côr, aproxima-se das suas presas (moluscos, crustáceos e peixes) sorrateiro e imperceptível.
Depois, captura-as com dois tentáculos modificados para este efeito e que se projectam rapidamente como a língua de um sapo. O seu bico forte corta a presa, ao mesmo tempo que lhe é injectada uma toxina paralizante. Durante a época reprodutiva, os machos cobrem-se de um vistoso padrão zebrado e modificam um dos tentáculos para introduzir o esperma no interior da fêmea. Esta fixa os cachos de ovos pretos a algas.

Choupa
Nome Científico: Spondyliosoma cantharus

A choupa é uma espécie hermafrodita, em que as fêmeas se podem transformar em machos. As fêmeas depositam os ovos no fundo e cabe-lhes a tarefa de os proteger e manter oxigenados até à eclosão. Os juvenis são solitários e refugiam-se em estuários, entre pradarias de erva-marinha. Os adultos, solitários ou em cardume, nadam em águas mais expostas, mas sempre nas imediações de rochas ou pradarias de erva-marinha, até aos 50 m.

Dourada
Nome Científico: Sparus aurata

A dourada deve o seu nome à banda de cor dourada que apresenta na cabeça, que une os olhos. É um peixe que não se afasta do litoral e raramente ultrapassa os 30 m de profundidade. Aqui entre as rochas e pradarias de erva marinha, encontra o seu alimento preferido - mexilhões. Trata-se de uma espécie hermafrodita em que os machos se podem converter em fêmeas. Deste modo, conseguem equilibrar o número de indivíduos de cada sexo, o que contribui para o sucesso reprodutivo da espécie. Uma dourada pode crescer até 70 cm e pesar 17 kg.

Ganoupa ou Garoupa,
esta espero que alguem me arranje informação, não sei se é garoupa ou ganoupa como ja ouvi muitos chamarem?


Judia
Nome Cientifico: Coris julis

A judia vive perto da costa, sobre fundos rochosos e junto a pradarias de plantas marinhas. Tal como outros peixes da sua família, é hermafrodita pois as fêmeas mais velhas podem inverter de sexo e transformam-se em machos secundários. Assim, indivíduos da mesma espécie podem apresentar padrões de coloração distintos. Os juvenis comportam-se como bodiões limpadores, o que lhes garante maior sobrevivência enquanto são pequenos. No estado adulto, quando se sente ameaçado, este peixe enterra-se na areia.

Pargo
Nome científico: Pagrus pagrus

O pargo é um peixe ósseo, que pertence à família dos esparídeos. Desta família fazem também parte outras espécies bem conhecidas e de apreciável valor comercial, como o sargo, o besugo, a safia, o goraz ou a dourada. São portanto espécies aparentadas, ou seja, que partilham muitas características comuns, como a forma do corpo, o número de espinhos e raios moles das barbatanas ou a sua capacidade para mudar de sexo ao longo da vida. Prefere os fundos de pedra, vive normalmente desde a costa até aso 250 metros de profundidade. Muitas vezes quando capturados ficam com o corpo malhado. Atingem os 8/10 kg e os 60 centímetros de comprimento. Peixe de fundo alimenta~se de crustáceos e moluscos.
 Peixe Agulha 
Nome Cientifico: Belone belone




















O peixe agulha, é uma espécie predominantemente costeira, vulgarmente encontrado em toda a costa portuguesa, em particular nos meses mais quentes do ano.
Pode formar pequenos cardumes, embora seja mais comum observarem-se dois ou três indivíduos próximos e em constante movimento.
O seu nome deriva do aspecto alongado do corpo, incluindo os maxilares, sendo o superior maior que o inferior e munidos com numerosos dentes afiados.
Possui escamas pequenas que facilmente se soltam quando lhe tocamos. A cor do dorso é esverdeada e o ventre branco prateado. São predadores muito activos, alimentando-se fundamentalmente de pequenos peixes que caçam em golpes de grande velocidade.
Quando presos no anzol, lutam com vigor e executam saltos fora de água, impressionantes para o tamanho que possuem.


 Peixe Porco
Nome Científico: Pseudobalistes fuscus Bloch

Peixe porco é o nome comum desta curiosa espécie de peixe, a que muitos pescadores ainda chamam,  pampo.  De hábitos diurnos, tem um corpo comprimido e em feitio de diamante,  com escamas placóides ásperas e consegue rodar cada um dos olhos independentemente. Com um mecanismo de bloqueio da primeira espinha dorsal e uma boca forte com oito dentes grandes e muito afiados em cada maxilar, são muito agressivos, exigindo do pescador algum cuidado no seu manuseamento. Conhecidos são os roncos que emite, donde se presume derive o seu nome vulgar.
São essencialmente carnívoros e alimentam-se de invertebrados, crustáceos e moluscos, conseguem partir as cascas duras dos ouriços e estrelas do mar com os dentes fortes.

Polvo
Nome Científico: Octopus vulgaris


O polvo, vivem nos fundos rochosos, sendo activo principalmente durante a noite, quando saem das suas tocas para se alimentar. Apresentam o corpo com aspecto verrugoso com braços compridos, sendo os laterais maiores que os ventrais. Possuem ventosas dispostas em filas nos bordos inferiores dos braços. Os machos são em geral maiores que as fêmeas, podendo atingir 1 metro de comprimento e peso de 8 Kg. O terceiro tentáculo nos machos está modificado, servindo como órgão copula-tório. A coloração varia de acordo com as características do meio. Quando assustados adoptam uma coloração esbranquiçada

Nome: Raia
Nome Científico: Raja clavata

A raia povoa águas costeiras de quase toda a Europa, desde a linha de costa até cerca de 300 metros de profundidade. O padrão de manchas e espinhos que lhe cobrem o dorso permitem-lhe viver perfeitamente dissimulada sobre os fundos de areia e rocha que habita. Reproduz-se entre os meses de Inverno e Primavera e, todos os anos, cada fêmea põe cerca de 150 ovos, protegidos por uma forte cápsula. Ao fim de 5 meses, nascem as pequenas raias, completamente formadas e semelhantes aos adultos.

Nome: Robalo
Nome Científico: Dicentrarchus labrax

Enquanto juvenis, os robalos formam cardumes para se protegerem de predadores e é frequente encontrá-los a nadar misturados com outras espécies. Os adultos são animais solitários mas, em algumas ocasiões, reúnem-se para atacar cardumes de outros peixes. São predadores vorazes que patrulham todo o tipo de fundos costeiros, em busca de alimento e, uma vez que suportam salinidades baixas, chegam a penetrar em estuários e rios. A sua longevidade é impressionante, pois podem viver até 30 anos(!).

Ruivo
Nome Científico: Lepidotrigla cavillone

O ruivo, tem um corpo em forma cónica, característica da família. A cabeça é grande e tem um profundo sulco espinhoso entre os olhos. As barbatanas peitorais apresentam um desenvolvimento muito curioso.
Os três raios inferiores, livres e móveis, permitem-lhe deslocar-se sobre o fundo, os restantes são longos e estão unidos, assemelhando-se a asas que, quando abertas, lhe permitem planar na água! Vive perto da costa, até cerca dos 300 m de profundidade.

Safia
Nome Científico: Diplodus vulgaris

Esta é uma das espécies mais comuns das costas rochosas da Penísula Ibérica. Embora ocorram até aos 90 m, os adultos são mais comuns junto a rochas, até aos 30 m, onde se alimentam de ouriços, ofiúros e algas. Os juvenis refugiam-se de predadores em pradarias de erva-marinha. Trata-se de uma espécie hermafrodita, em que os machos podem converter-se em fêmeas. Por ter duas épocas reprodutivas por ano, pensa-se que se reproduz por tamanhos: em primeiro lugar os indivíduos mais pequenos e só mais tarde os maiores (superiores a 25 cm). 

Safio / Congro
Nome Científico: Conger conger

O safio tem o corpo em forma de serpente, com uma só barbatana resultante da fusão das barbatanas dorsal, caudal e anal. Boca grande lábios grossos que escondem duas fileiras de dentes. A sua cor varia entre o negro e o cinzento de acordo com o sexo e a profundidade. O congro é o safio já na sua fase de maior dimensão. Atinge um tamanho máximo de 3 metros de comprimento e cerca de 45kg de peso. Vive em fundos rochosos em fendas e buracos. Podendo viver a profundidades superiores a mil metros.  

Sarrajão
Nome Científico: Sarda sarda
 
O sarrajão, frequentemente confundido com o atum, forma grandes cardumes. Vive sobre a plataforma continental sendo, por vezes, vista a entrar em estuários. Fortemente explorado, dado o seu interesse comercial, o bonito-do-atlântico é um predador com um apetite voraz. Alimenta-se de pequenos peixes de cardume, invertebrados, como lulas e camarões, e até de membros da sua própria espécie!


Tubarão Azul / Tintureira
Nome Científico:Prionace glauca
O tubarão-azul (Prionace glauca), também conhecido como tintureira, é uma espécie tipicamente oceânica que pertence à família Carcharhinidae. Esta espécie pode ser encontrada em águas temperadas e tropicais um pouco por todo o mundo, sendo uma das espécies mais abundantes no Oceano Atlântico, presente também na costa Portuguesa e mar Mediterrâneo.
Este tubarão pode ser facilmente identificado pela sua coloração azul característica e pelo seu corpo alongado e esguio, chegando a atingir cerca de 4 metros de comprimento. É conhecido pela sua grande capacidade de adaptação e movimentação, fazendo grandes migrações e atingindo normalmente profundidades de cerca de 350 metros, embora já alguns investigadores tenham descrito mergulhos até aos 650 metros de profundidade.
O tubarão-azul alimenta-se habitualmente de cefalópodes e peixes, embora em alguns estudos tenham sido encontrados mamíferos marinhos no seu conteúdo estomacal, facto este que reforça a ideia do comportamento oportunista desta espécie.

4 comentários:

Marco Aurélio disse...

Bom post.

Abraço

Ernesto Lima disse...

Viva Tiago!

Informação importante e enquadrada com as tuas capturas que aqui nos deixas!

Abraço

Ernesto

parakportugal disse...

Amigo, aquilo que o povo chama de peixe-piça, é a judia, de nome cientifico Coris julis.
Espero ter ajudado

Rebolo disse...

Muito obrigado pela informação.
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