segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Caça Submarina em Embarcação / Pesca Apeada vs Pesca Embarcada


As minhas primeiras saídas de Barco foram com o meu amigo João Gomes.
Amigo de infância, o João Matacão, como lhe chamávamos na altura, devido a sua estrutura e força em relação a qualquer um de nós.
Foi um amigo que sempre admirei pela sua calma e boa disposição, uma boa onda, como dizíamos na altura.
Crescemos e brincamos na mesma rua, onde morava a minha Avó.
A Rua nº 6, do Bairro do Caramão da Ajuda.
A partir dos meus 12 anos, por volta 1986, mais coisa menos coisa, deixamos de ter um contacto tão regular.
Mais tarde, por volta de 1992 a Caça Submarina veio fazer com que os nossos caminhos se cruzassem de novo, fazendo até 2008, muitas saídas de caça sub com ele.
Nos dias de hoje, já o fiz pescar varias vezes à cana, na embarcada, mas diz que não lhe dá pica. Continua a ser um apaixonado pela caça submarina.
Ainda me lembro de fazer com ele a sua 1ª nocturna, em Sesimbra, depois de ele ter comprado uma lanterna Philips, aquilo sim iluminava, mas face à sua dimensão, passado uma hora já fazia diferença no pulso.
O João Gomes, tem uma boa apneia, fazendo mergulhos mais fundos e com melhores resultados. Tenho pena que nunca nos tenha acompanhado aos Açores, embora já tenha ido lá fazer as suas caçadas. Mas juntos, nunca se proporcionou.
Pode ser que um dia ainda nos encontremos todos lá, e recordar os bons momentos que passamos naquelas Ilhas.


A sua 1ª Embarcação "STAFF", onde fiz a maioria da Caça Sub. embarcada.




Basicamente as nossas saídas eram feitas de Sesimbra, batíamos mais a zona do Espichel.
Também fizemos algumas pescarias em Sines, Sagres, Lagos, Sintra e Peniche, foi com ele e com o Nuno que mais caçadas fiz.
Depois veio o Capeli Tempest 600 onde fizemos umas pescarias interessantes o STAFF I, mas cada vez as restrições para a caça Submarina eram maiores aqui na zona de Setúbal e então decidi meter de lado o material de caça Sub.









Foi aqui que se iniciou o meu vicio da pesca embarcada, no inicio de 2009.
Após a compra de uma cana Abu Garcia por 12 euros no DeBorla, com 1,80 para o spinning, e um carreto Trabucco Xanthos DL Long Cast, que utilizava no SurfCasting,  mas que me serviu para a 1ª pescaria embarcada, trazendo para cima dois pargos e um polvo ao mesmo tempo. A cana parecia que se ia partir a qualquer momento, mas para mim foi um dia e tanto nunca tinha apanhado aqueles peixes à cana.
Recordo-me que saímos de Sesimbra em direcção à Comporta e como na altura tínhamos pouca experiencia a fundear aquelas profundidades, (40 metros) resolvemos agarrar o barco a uma bóia dos covos que estava por ali.
Hoje em dia sei que tivemos muita sorte no pesqueiro, sem a mínima experiência, lá ficamos nós a apanhar pargos, bicas e besugos, foi em Março de 2009, pescaria realizada com os meus amigos João Gomes, Gonçalo e Ricardo (Alentini), a bordo do Staff I.












Desde 2008, que me dedicava à pesca de costa, inicialmente boia, depois SurfCasting, um pouco de spinning e até um ano e meio de campeonato no clube de sócios da empresa onde trabalhava, sendo que fazíamos por ano, 4 provas de mar e 4 de aguas interiores, mais uma especial, que normalmente era em São Martinho do Porto.






Saídas no autocarro alugado pelo clube por volta das 5:30/6:00 da manha, do Campo Grande, mais aqueles que levavam carro com familiares a amigos. 
Chegavam a ser quase 40 pescadores e com família e amigos perto dos 60.
Aprendi muito com os mais velhos, muitas historias ouvi naquelas viagens de autocarro, das suas pescarias, das suas técnicas, um ambiente muito saudável, mas não nos poderíamos esquecer que existia competição, o que por vezes trazia as discussões dos reformados, as quais me faziam sempre rir. Eram discussões que acabavam sempre bem, pois no final das etapas, juntávamos familiares e amigos nos locais já definidos dos anos anteriores e era patuscada até ao final do dia, um verdadeiro piquenique.
Muito obrigado às senhoras de todos estes pescadores, que levavam petiscos do arco da velha e sobremesas ainda melhores, a isto juntando o belo do tinto caseiro, feito por tantos daqueles senhores, que normalmente me fazia dormir no caminho de regresso a casa, tal era a zoeira que apanhava.
Vivi com aquelas pessoas, na maioria reformados da empresa, momentos de boas experiências, pois era o mais novo e todos gostavam de me ensinar e contar historias.
Mas foi com o meu amigo e ex. colega de trabalho Carlos Teixeira, também reformado desde Julho de 2010, que mais aprendi, em especial no SurfCasting e na pesca de aguas interiores, que era uma novidade para mim.

Foi no Torrão que apanhei a minha 1 carpa, quase 1 Kg, após o amigo Teixeira estar a preparar durante 30 minutos, a minha cana, pronta para pescar a Pesca à Bolonhesa, técnica que nunca tinha praticado.O trabalho que aquilo dava a montar.
Sinceramente não é o meu tipo de pesca, de terra, a que prefiro é o SurfCasting, mas decididamente seria a embarcada a ganhar esta luta.
Engraçado, a Pesca, foi algo que comecei a fazer sozinho, porque na maioria das vezes prefiro ir sempre com companhia, mas quantas vezes me apeteceu ir e não fui, ou por não ter companhia, ou porque tantas outras razoes.
Assim, comecei a ir algumas vezes sozinho, aqui para o Rio Sado, fazer o meu SurfCasting, ou Spinning, e hoje em dia não me importo de ir sozinho, fazer algo que tanto gosto, pescar.
Dai até meter na cabeça que tinha de tirar a carta e comprar uma embarcação, foi pouco tempo.
Um esforço de poupanças nos meses seguintes e voilá, vamos lá tirar a Carta.

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