segunda-feira, 29 de novembro de 2010

As Pescarias de Novembro

Boas,
Ontem fui à pesca.
E por o sentir ainda na mente, os prazeres que tive no excelente dia que passei, resolvi escrever.
Mais um dia de experiências novas, nunca vividas até aqui.
Então hoje, vou fazer ao contrário, vou começar do dia de hoje para as pescarias passadas do mês de Novembro até ao seu inicio.
Sábado à tarde 27-11-2010, começo a fazer montagens, para ensinar o amigo Gonçalo, a fazer os nós e a empatar anzóis.
Ele tinha comprado o material necessário, Fluorcarbono 0,40 e 0,35, anzóis, e destroçedores, bem como um multi-filamento 0.23 para experimentar pela primeira vez no carreto.
Estava em pulgas para ir à pesca.
Pessoalmente, acho que sabe sempre bem, ver assim alguém com tanta vontade de fazer as coisas e ir lá para dentro. No fundo pescar.
Porque não só a pesca em si, faz parte da dita, mas sim todos os momentos envolventes, pelo menos a meu ver.
E a coisa correu muito bem, começamos pelo empate do anzol, seguido do nó clinch, para praticar, inicialmente no destrocedor que agarra a chumbada, com um mono 0,25. e depois ao destrocedor da madre, depois o fluorcarbono nos destroçedores e por ai adiante.
Lá se fez quatro montagens à lá Ernesto, seguido da pratica do nó de união de multi-filamento com o mono  para depois o Gonçalo, em casa, poder retirar o fio que tinha no seu carreto e pôr o novo multi-filamento.
Montagens feitas, horas combinadas, na rampa da Mitrena, às oito da manha, tendo o Gonçalo, ficado com a tarefa de comprar a sardinha fresca, no mercado de Setúbal logo pela manha.
Cheguei à rampa já lá estava o Gonçalo, a primeira coisa que me disse foi, "não tas a ver bem, os nós correram-me mesmo bem".
Tinha conseguido fazer bem as uniões do chicote de 0.40 de um bom mono que lhe tinha dado, com o multi-filamento e também com o resto do mono que havia deixado no carreto
É sempre bom quando as coisas correm bem, nem sempre é assim na pesca, mas no fundo faz bem ao nosso ego enquanto pescadores, quando fazemos algo novo e as coisas correm bem.
E lá fomos nós, três quilos e meio de sardinha e uns camarões, que o meu tio me havia deixado da pescaria anterior.
Pensei em fazer primeiro uma ida ao choco, mas depois meti na cabeça que podia ser hoje que iria testar o Mar da Manteiga, como alguns lhe chamam.
Para mim, foi a primeira vez que lá fui, fica a pouco mais de meia milha, a Sul da rocha do São Luís.
O mar estava calmo, viria ai um belo dia.
 
 

 
Dobramos o cabeço de Tróia, e eles apareceram.Os Roazes.
São nestes momentos, que dou valor à sorte que tenho, em poder fazer o que gosto, pescar, porque tudo isto faz parte da pesca, conforme referi acima.
Já ando na mira de uma maquina fotográfica submergível, não chega aos 50 euros.
É para dar continuidade a este blog, com fotos de melhor qualidade e poder, filmar  todos estes momentos, pois encontro-me muitas vezes com os Roazes, logo a seguir aos cabeços de Troia e até na saída da barra do Rio Sado.
Acho que vale a pena o pequeno investimento, pela quantia em questão e sendo ela submergível até 3 metros.
É que não me sinto nada bem em levar a maquina cá de casa, já tive um azar aqui à uns tempos atrás, vi o meu telemóvel a entrar para dentro de agua. O barco estava parado e o telemóvel no bolso, mas num movimento qualquer sai-me do bolso, ainda lhe toquei mas, adeus telemóvel.
Ainda liguei varias vezes ao Nemo, para ver se mo podia trazer para cima, mas ele não estava para ai virado.
Então peço desculpa pelo vídeo, mas no telemóvel não dá melhor, acreditem que eles andavam por lá às dezenas, mas no vídeo, só se vêm uma ou duas vezes face à sua qualidade.

E fui então para o Mar da Manteiga, não sem antes passar nos pontos que tinha marcado no gps, a caminho desse destino.
Foram dois, o São Luís Terra, que é nitidamente mais perto, e menos fundo, na casa dos 25/27 metros, onde também já fiz por ali algumas sondagens, normalmente à vinda mais cedo de muitos outros pontos, que não renderam tanto nesses dias, mas foram poucas as vezes que sondei por ali.
Era um local a testar, pela sua proximidade e por ficar sempre a caminho de casa.
E o São Luis I, onde não quis pescar, pois estava um embarcação a menos de 50 metros do ponto onde costumo sondar e não gosto de estar em cima de ninguém, também não gosto que o façam a mim.
Mais por uma questão de segurança, do que outra coisa. Ainda sondei um pouco por ali, mais afastado da embarcação que lá estava, mas não havia grandes sinais de actividade, havia no São Luis I, mas como já referi estava perto de outra embarcação.
Então vá de ir ao ponto novo no Mar da Manteiga.
Chegamos ao ponto vai de sondar, estávamos na vazante e o mar estava um lago, algumas correntes mas pouco vento que na altura colocavam a proa para E.
Acho que nunca sondei em tanto sitio e tanto tempo, sondei sondei, vi algumas marcações na sonda mas nada de especial, pelo menos face ao que já tenho visto e à minha pouca experiência.
Fiquei mais de uma hora, até decidirmos que teríamos visto algo melhor lá atrás e iríamos tentar por ali , pois não tínhamos feito 10 milhas, desde a rampa até ali para nada.
Vai de fundear e começamos a mandar sardinha lá para baixo.
Assim que as iscas chegavam lá abaixo, eram logo roubadas, vai de subir a linha rapidamente e trocar a chumbada, não havia tanta aguagem como na pescaria anterior, mas mesmo assim senti um pouco com uma chumbada de 140 gramas e subi para as 165 gramas e depois 180 gramas, que mantive até ao final da pesca
As primeiras capturas foram cavalas e sardas, depois insisti nas meias sardinhas e sardinha inteira, eis que se iniciou algo de novo para mim.
Levei um senhor esticanço,sardinha inteira. A linha começou a sair do carreto, fechei um pouco mais a embraiagem, de repente sinto paragem e grandes esticanços, coisa mesmo bruta, até agora ainda não tinha sentido nada assim, mas pela forma como lutava era um Safio e dos bem grandes.
Ainda tentei lutar ao inicio com ele, mas os esticanços eram demasiados violentos e tive de abrir mais a embraiagem porque a cana estava a acusar a carga, pensava eu....
Bem o bicho levou linha mais umas quantas vezes até que parou, parou mas não parou de fazer força.
Penso que entocou, mas não totalmente senão certamente que a linha partia. Estive uns bons 45 minutos sempre a tentar lutar com ele, mas sempre que o retirava um pouco do buraco ele não me deixava ir muito mais longe voltava a dar safanões e entocava novamente.
Passados os primeiros 15 minutos para mim a cana já tinha batido o record, bem como as linhas e a montagem. A cana fazia uma curva que chegava quase à altura do porta carretos dobrava completamente e o fio sempre que o puxava um pouco era imediatamente puxado de volta com violentos esticoes.
Eu só dizia ao Gonçalo," eu não tenho material para um bicho destes" a cana termia toda, não era a cana, era eu  que já não aguentava mais dos bracinhos, até que me resolvi sentar.
Foi a melhor coisa que fiz, meti a cana entre as pernas sentado e ai sim consegui tira-lo mais um pouco e nem 5 segundos demorava ele começava as cabeçadas e estive ali nisto mais de 30 minutos.
Que sensação incrível que estava a ter, parecia que estava no Big Game, imagino bem o que aqueles senhores devem passar.
Acreditem que teria de ser um grande safio, e sinceramente não sei se continuasse a insistir sempre a deixar a cana trabalhar, como seria.
Eu achava a cana demasiado parabólica, mas ontem, achei que se ela não fosse assim, progressiva, esta luta não teria durado o tempo que durou.
O Gonçalo deixou de apanhar peixe, certamente porque aquele fundo, estaria agitado, com a luta que já durava à algum tempo.
Então resolvi pedir ao Gonçalo que calçasse as luvas, que uso normalmente aquando o levantamento do ferro, e me agarrasse no multi-filamento para puxar que eu já não aguentava por muito mais tempo.
Queria trazer o bicho para cima à manita. Tá bem tá ou vens para cima.
Bem sei o que é arpoar um bicho destes na Caça Submarina.
Já ajudei o meu amigo João Gomes a desentocar um bicho destes de 18 kg, ele já apanhou muitos destes na caça sub. Às vezes até entortam os arpoes, a tentar entocar e eu ali com a minha Adamastor II, a tentar fazer o quê?
O Gonçalo calçou as luvas, agarrou o multi-filamento, levou uns toques para baixo e partiu-se o multi-filamento, fiquei surpreendido. Não partiu na montagem, nem no chicote, mas a meio do multi-filamento que estava dentro de agua.
Só contam os que entram dentro da embarcação. Mas senti pela primeira vez uma luta de gigante e achei por bem conta-la aqui.
Bem sinceramente, já tinha sentido aquela dourada de 3 Kg, com a embraiagem do carreto fechada e a luta foi o que foi, mas isto foi algo que me puxou a mim e ao material aos limites, até ontem, nunca tinha sentido nada assim e fiquei contente porque as montagens feitas por mim e os nós e anzóis empatados, aguentaram mais que o multi-filamento, que também já tem quase um ano.
Eu passado meia hora desta luta, já me deitava no banco para trás porque as costas já me doíam dos primeiros 15 minutos, que estive a lutar em pé, com o que quer que fosse que estivesse lá em baixo, certamente seria um Safio.
Levantei ferro dali cerca de 1 hora depois, penso que foi esta luta que estragou o pesqueiro, mas para mim tinha sido algo de extraordinário, ainda que não apanhasse mais nada o dia todo, já tinha tido o meu dia feito com mais uma experiência para contar.
É sempre bom termos alguém ao nosso lado, que possa, ver e sentir as emoções vividas na pesca.
Certamente que se existisse a tal maquina, poderiam estar a ver o que estou a falar, filmado pelo amigo Gonçalo , mas não, ainda não foi desta, espero que existam outras assim.
E deste Mar da Manteiga me despedi. Depois de muito sondar por ali, como já referi foi o dia que mais sondei. Isto, tirando os dias que fui lá só para esse efeito, afinar a sonda, após ler um artigo de três edições da revista O Pescador, que muito me ajudou, finalmente pude ver as cores lá em baixo que eu ouvia falar mas nunca via.
Acreditem, tiram sempre mais partido perdendo um tempo e afinando todas as opções da sonda em modo manual, mediante o nosso tipo de pesca habitual e necessidades, do que ter tudo em automático.
Pelo menos comigo foi assim.
O dia, parecia um dia de Verão. Para poder contrariar os dias de frio que têm estado, e o mar embora com alguma aguagem no fundo, estava um lago, a navegação daqui para ali e para acolá, fazia-se sem qualquer problema, fazendo a embarcação planar facilmente e chegar rapidamente ao próximo destino.
A rocha do São Luís. Era O próximo destino, sem qualquer ponto marcado no gps naquela zona, "mesmo em cima da rocha" lá sondei eu mais um pouco e nada, iscas para baixo nalguns pontos mais esverdeados com alguns traços amarelos na sonda e nada.
Tinha de tentar perceber onde estava o peixe, se mais fora se mais encostado à costa, só assim perdendo tempo levantando e baixando ferro varias vezes, conseguiriamos chegar a algumas conclusões.




E foi isso que fiz, após sair do Mar da Manteiga, passei novamente nos pontos habituais no São Luis I, já não estava a embarcação que havia visto de manha, mas a sonda também não tinha os mesmos sinais que tinha visto aquando a minha passagem por ali de manha.
Ainda sondei mais um pouco por ali, mas nada.
Daqui segui para o São Luís III, e nada, resolvi ir lá fora, fui andei perto dos 50 metros, percorri todo o percurso que vêm do São Luís, até aquela rocha cá fora que não sei o nome, a sondar a velocidade muito reduzida, nada vi por ali, então vai de ir la mais dentro encostado à costa, novamente naquele novo ponto que ainda não tinha testado nas condições que queria o São Luís Terra.
Resolvi acabar ali o dia, as restantes embarcações estavam todas um pouco mais fora, acabei por sondar por ali e fiquei ainda mais dentro do que o ponto marcado, estávamos a pescar a cerca de 23 metros, já tínhamos estado nos 30 nos 33 nos 43 e nos 50 metros e nada.
Queria só ver uma marcação de uns laranjas agarrados ao fundo na sonda, vi que estava uma bóia dos covos relativamente perto. A corrente e vento aproavam a embarcação a NW, pelo que resolvi não fundear ali não fosse a fateixa ficar presa ao cabo dos covos e depois é uma treta.
A bóia estava no sitio certo daria ai umas 8 braças minhas de cabo e estaria lá em cima do ponto.
Eram cerca de um quarto para as quatro da tarde, quando começamos a pescar aqui, Sempre com a sardinha, quase petinga, era uma sardinha mais pequena.
Começamos a sentir o pesqueiro activo após uma meia hora de iscadas, mais coisa menos coisa, fizemos pesqueiro nitidamente, digo isto pelo desenvolvimento que tivemos naquela hora a seguir.
Começamos a apanhar Sardas e Cavalas, o Gonçalo um carapau que seria o único desta pescaria, e depois começamos a ver os cardumes de peixe pequenos, não sei o que era, se cavalas pequenas, carapau ou sardinha, se bogas ou tainhas, não faço ideia, eram peixes muito pequenos, mas eram às centenas, a agua até fervia delas a saltar.
Bem a luz do dia acaba por volta das cinco e meia, eram cinco da tarde e nós ali naquele lago a fervilhar de peixe, a marcação da sonda passou dos verdes e amarelos, para os laranjas e vermelhos, apareciam e desapareciam, andavam ali cardumes enormes, e os maiores iriam aparecer......????
Não apareceram, não os maiores, mas foi uma boa pescaria.
Em cerca de hora e meia, sim porque pela primeira vez naveguei de noite na minha embarcação. Fazendo algo que ainda não tinha feito até aqui.
Sinceramente, nem no verão apanhei o mar ali assim, normalmente a partir das quatro da tarde, o vento levanta a ondulação também e tem de se levantar ferro e sair dali, mas ontem não, era um lago.
O que me levou a fazer isto, um desejo enorme de pesca, os pedidos do Gonçalo para ficar , pensar que ia ver novamente Setúbal à noite vista do mar ao entrar na barra, a praia-mar para poder navegar mais tranquilo à noite no Sado, estava tudo a favor.
Já era algo que queria fazer no Verão, navegar um pouco à noite, algo que a minha embarcação e carta permitem fazer.
Vi que ali à volta continuavam três embarcações também em acção de pesca e vai de continuar a pesca.
Foram  três choupas de seguida  ao que se seguiu um parguito pequeno e um besugo. O besugo já foi com camarão, eram para ai uns 8 camarões que sobraram da pesca com o meu tio. Nessa pescaria usei só sardinha e continuo a preferir a sardinha conforme já descrevi, foi ela que manteve ali aqueles sinais na sonda.
O Gonçalo começou a tirar Besugos, tirou dois de seguida era cair e picar logo, ainda apanhei mais um pequeno. Andaria ali o cardume??? Enquanto ouve camarão eles estiveram mais activos.
O Gonçalo ainda sacou o ultimo Besugo com Sardinha e bogas nem uma entrou no REBOLO.
Certamente se tivéssemos começado o pesqueiro com Camarão como fazíamos antigamente, elas teriam aparecido.
Também contribuiu e muito o facto de usarmos anzóis maiores 1/0 e 2/0, só ficando lá o peixe que deve ficar.
Ou não, como foi o caso deste peixe agulha, que após meter sardinha no anzol de baixo e o meter dentro de agua para iscar no anzol de cima, ia levando a cana para dentro de agua.
Mais uma que aprendi, só meter as iscas dentro de agua quando estão prontas, senão pode acontecer isto.
O anzol ferrou na parte de trás do agulha, acho que foi o maior que apanhei até hoje. Que apanhei não que foi ele que apanhou o meu anzol. É sinal que estava bem afiadinho, vejam a foto abaixo.


Até não desgosto de comer este peixinho frito.
Aconteceu o mesmo ao Gonçalo mas já com as duas iscas dentro de agua. É sempre engraçado ver os saltos que estes bichos dão fora de agua, fazendo lembrar uma miniatura dos primos, o espadarte.
E também já viram ali alguns vermelhos, não tudo vermelho ou quase, mas quem sabe, talvez um dia consiga.
Só é preciso lá ir, praticar e testar, só assim vamos aprendendo, só sei que nada sei.
Por falar em vermelhos, deixo aqui um pequeno vídeo, de uma das pescarias com o Ricardo Alentini, em que só nós sabemos o porque, de amar-mos tanto os vermelhos.


E para finalizar este dia, aqui ficam as fotos da pescaria e dos pescadores, foi pesca em equipa como lhe chamo, para o mesmo balde e da mesma forma. Parabéns Gonçalo, já à algum tempo que para ti, não existia um dia destes, ainda bem que correu bem.



O safio, apanhei-o antes deste ponto, mais fora. Quem me dera que fosse o outro.... penso eu de que.....


Os quatro vermelhos, existiram mais,"Besugos" mas eram pequenos e foram devolvidos à agua.
Belo dia passado, muita sondagem e novas experiências.
Passamos então à pescaria anterior

25-11-2010

Quinta feira 25-11-2010, lá fui eu mais o meu tio Jaime fazer uma embarcada.
Iniciamos a pesca ao choco por volta das 8:30 da manha.
Andavam aqui muitas embarcações, à deriva no Sado, mais do que é normal para a altura do ano, pelo que resolvi ficar por ali.
Senti dois ou três toques e nada para o balde.
Ainda fiz nova paragem ali ao pé do cabeço de Tróia, nova deriva, mas nada.
As correntes estavam fortes no fundo, mas a deriva lenta pelo vento que era fraco colocavam as linhas na popa da embarcação, o que a meu ver não trás grandes resultados.
Chocos zero. Aliás chocos 10, nós 0, ganharam eles.
Nove e meia vai de ir para o São Luis, já se encontrava uma embarcação na zona em que pretendia pescar, pelo que sondei ali à volta de outros pontos.
Mais uma vez não me consegui colocar onde queria, mas também a deriva do barco era constante quer para Norte quer para Sul.
O vento aumentou um pouco e as correntes ainda mais.
Não me lembro de apanhar correntes tão fortes no fundo por ali.
Tinha retirado as chumbadas da caixa para fotografar para o meu blog e esqueci-me de voltar a colocar as mais pesadas na caixa.
O meu tio só tinha chumbadas até as 140 gr, ainda lhe emprestei uma de 170 que tinha.
Bem, nem com chumbada de180 gramas consegui pescar ali, as correntes eram tão fortes que pouco ou nada sentíamos lá em baixo.
Ainda tentei com duas chumbadas, mas os enrolanços da montagem são inevitáveis.
As iscadas grandes e médias desapareciam sem que desse conta delas, a ponteira de carbono estava sempre bamba, não a conseguia por direita derivado ao arrastamento da chumbada.
A coisa ainda acalmou na altura do estofo, mas depois na enchente voltaram as correntes fortes.
Ainda pensei em sair dali, vir mais para perto da costa, mas a sonda estava com uns alaranjados lá em baixo e resolvi ficar.
Para mim foram uns quantos carapaus, um safio com 70 cms, um besugo e uma cavala jeitosa.
Para o meu tio, duas sarguetas uns carapaus, cavalas e duas bogas.
Nunca tinha pescado com correntes destas no fundo e o esquecimento das chumbadas mais pesadas não permitiu melhor.
Não levei maquina comigo, por isso só mostro aqui os que eu apanhei, já em casa.
Isca, sardinha e camarão montagem as habituais à lá Ernesto.




Continuando com as pescarias, de Novembro o tempo esteve ruim este mês, até agora foi para mim o pior em termos de condições para as pescarias. Até agora.......
O que me faz pensar novamente, que só tenho um ano e pouco disto, da pesca ao fundo embarcada.
Muito tenho de aprender.
Sem duvida que a pratica constante e a persistência, nos faz perceber aos poucos  que as pequenas coisas da pesca, às vezes fazem as grandes diferenças.
Como já referi, não tenho experiência para tecer muitos comentários, mas tento ao menos, ir contanto as minhas experiências.
Assim, sempre vou mostrando a minha evolução, ou não, mas temos de ser persistentes e não desistir facilmente. A evolução não é constante, às vezes estagnamos e temos de insistir mais para perceber o que esta mal.
Alias, eu bem gostaria de poder proporcionar sempre boas pescarias, às pessoas que vão comigo.
Mas face à minha fraca experiência, penso que a coisa até não tem corrido mal.
Mas tinha de acontecer, algum dia tinha de trazer a grade e foi no dia 12-11-2010.

12-11-2010

Mais uma pescaria, a primeira com os meus amigos Avelar e Ibraim.
O Ibraim costuma pescar em Sines, também tem embarcação própria e já andávamos para fazer uma saída à algum tempo.
Ex-colegas de trabalho, o Ibraim, mais um que defende a sardinha com unhas e dentes.
Vim a saber que tem lugar para a embarcação no mesmo passadiço do Ernesto Lima, lá em Sines.
Como eu já disse algumas vezes, o mundo é pequeno.
O Avelar é novato na matéria, iniciou a sua pesca à pouco tempo com o Ibraim em Sines, na embarcada e começou a crescer o bichinho.
O homem até comprou uma cana nova e vinha estrear a mesma na minha embarcação. 
Bem, chegada ao bico das lulas por volta das 8:30 e nem uma embarcação aqui ao choco. "estranho disse eu para mim"
Como ia levar ambos pela primeira vez ao choco, fiquei a pensar que se calhar não teria sido o melhor dia, não estava lá ninguém.
Explicações para ambos em relação às linhas de mão e vai palhaços para baixo.
Uma hora passada, o Avelar apanhou um, o Ibraim outro e eu cinco, mas mais pequenos que os da semana passada.
Já os tinha avisado que não é a melhor altura para o choco, mas a coisa correu bem, pelo menos apanharam um choco da 1ª vez que fizeram esta pesca, eu, na minha primeira vez nem um.
Arrancamos então para o São Luís, numa primeira passagem vi na sonda uma mancha enorme amarelos e laranjas antes de um pontão, que subia dos 33 para os 37 metros.
Resolvi continuar e ver o que estava do outro lado. Não estava nada e nunca mais consegui ver qualquer actividade no fundo.
Ainda voltei a passar duas vezes no mesmo ponto e por ali à volta e nada. Estive quase uma hora a sondar as zonas habituais de pesca e nunca mais vi nada de actividade.
Será que eles estariam mais fora, sondei dos 30 aos 40 metros.
Achei estranho não é habitual naqueles pontos, as coisas estarem assim mortas.
La fundeie em três sítios diferentes, mas a historia era sempre a mesma não picava nada de nada.
O Ibraim ainda usou uma técnica que vim a saber ser usual em Sines, o para-quedas de plástico, preso a chumbada para levar o engodo"sardinha" para baixo.
Desconhecia isto do para-quedas, não sei se será viável a maiores profundidades, mas é mais uma para juntar aos novos conhecimentos.
Bem sinceramente nunca tive um dia de pesca assim, estive 6 horas a pescar à cana e só senti uma picadela de um garoupinha, que veio para cima e serviu de petisco para uma gaivota.
O Avelar nada, e o Ibraim teve dois toques durante a pesca e um, o Sargo, foi numa altura em que estávamos a comer, ficando o peixe ferrado sem ter a cana na mão, foi um sargo e uma dourada.
Isca sardinha e caranguejo.
Isto à dias assim, para eles que estão habituados a apanhar peixe em Sines, imagino a frustração, até eu me senti assim.
Então a 1ª vez que vêm pescar comigo e logo um dia de azar. Só não acontece a quem não anda por lá mas gostava que tivesse sido diferente, bem me esforcei para tal, mas não deu mesmo.
Terá sido da tempestade que se fez sentir nos dias anteriores.
Aqui ficam umas fotos dos dois pescadores, o Avelar com a sua cana nova e o Ibraim com os seus exemplares.

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Deixo ainda aqui umas fotos do amigo Ibraim, num dos seus dias de faina lá por Sines.
Ainda não me tocou nenhum destes, mas espero um dia, vir a poder mostrar aqui, o meu primeiro sargo veado.
Para já deixo aqui não um, mas dois do Ibraim.


E a primeira do mês de Novembro, dia 06-11-2010.

06-11-2010

Mais uma para a bagagem, lá fui fazer mais uma pescaria com os amigos Ricardo Matzinger e Ricardo Alentini, aqui ao largo de Setúbal
Saímos cedo, pois queria ver se os chocos já andavam lá fora. Os pescadores já lá andam deste o mês passado.
Também tenho lá ido, mas como o choco ainda andava pequeno , não tenho insistido, mas já andava com saudades de comer uns choquinhos grelhados.
Saímos por volta das 7:30, chegamos antes das 8:00 ao bico da lulas, onde se concentravam mais de 20 embarcações, o habitual.
Palhaços para baixo e nem cinco minutos saco o 1ª choco, mais um tempo com a deriva a levar-nos para fora e rumei para a costa novamente a fim iniciar nova deriva.
A coisa estava fraca, mas ainda assim saquei 3 chocos e 1 polvo em menos de 1 hora. o Ricardo Matzinger apanhou 1 e o Alentini levou a grade com ele.
Eles já estão a aumentar de tamanho saímos dali por volta das 9:00 e ida para o São Luis, fazer mais uma pescaria ao fundo.
O tempo estava óptimo, mais uma vez não consegui fundear onde queria, mas dei mais uma braças de cabo e o fundo ficou um pouco melhor.
A pesca não foi muito activa, mas ficamos a apanhar boa qualidade de peixe.
O Ricardo Matzinger, que foi comigo pela segunda vez, ainda apanhou dois pargitos pequenos, umas choupas, uns carapaus.
O Ricardo Alentini um belo Sargo com 880 gramas e mais umas choupas e uns carapaus.
Ambos estavam a pescar com anzol nº 2 e 3
E eu, nas minhas experiências, com anzóis maiores 1/0 e 2/0, ainda apanhei uma dourada, dois parguitos, dois besugos, duas belas sardas e umas quantas choupas que ficaram na caixa do Matzinger.
Eles iam variando as iscas,camarão, sardinha e caranguejo, eu sempre a apostar na sardinha e de vez em quando um caranguejo.
Mais um dia bem passado.
Assim, fazendo uma analise em relação às restantes pescarias deste mês, o que posso dizer:
Em primeiro, quero dar realce aos anzóis maiores que comecei a utilizar,1/0 e 2/0, não ferro tanto peixe pequeno e sempre lhes dou alimento.
As bogas, penso eu de que, face aos anzóis e iscadas maiores de sardinha, não vão lá da mesma forma que iam aquando a utilização do camarão como isca principal.
E o porque de tal afirmação, reparem quando as montagens são diferentes, com anzóis mais pequenos, como alguns amigos levam, nem conseguem iscar sardinha em condições.
Assim, vejo as bogas que são apanhadas ao meu lado, e vejo que a mim não me tocam.
Foi outra das alterações, que como já referi no post anterior mudaram o meu tipo de pesca e o tipo de capturas.
As aguagens, estas foram mais fortes neste mês, uma novidade para mim. Já recebi algumas dicas lá pelo Porto de Abrigo, onde também relato as minhas pescarias e assim, sempre vou ouvindo opiniões e testando algumas delas.
Mas passando então ao dia em questão, aqui ficam umas fotos.
O mar, os pescadores e o peixinho.

 









Fiquei bastante contente com esta pescaria e com os exemplares apanhados.
A sardinha a mostrar ao Ricardo Alentini, que afinal eles gostam daquilo.
Quem me dera que fosse sempre assim.
Foi a primeira vez que os vermelhos ganharam aos outros.
São estes momentos, que nos fazem crescer mais a vontade de lá ir, tentando fazer mais e melhor, às vezes, as grades também nos fazem reflectir sobre o que está mal, ou menos bem e tentar melhorar a caida saida que fazemos. É isso que tento fazer.
Agora que sei mais um pouco desta arte da embarcada, ao fundo, vou me dedicar também ao corrico.
Muitos vou ouvindo e lendo, antes de iniciar esta arte, que também me atrai, assim como o jig ou zagaia.
Mas não devemos querer fazer tudo ao mesmo tempo, se a pesca ao fundo já tem tanto para aprender, duas ou três artes diferentes, muito mais têm e não podemos melhorar fazendo isto tudo ao mesmo tempo.

Para finalizar, deixo-vos um vídeo, do meu filho e dos seus primeiros mergulhos na natação.
É o que tem touca laranja. A miúdinha que vêm mais pequenina, tem 3 anos.
Faz natação à dois, já nada sozinha e mergulha. Até me passo a olhar para ela dentro de agua e ver o seu à vontade naquele meio.
O meu filho, tenho de lhe dar tempo para os mergulhos, que não gosta tanto de o fazer.
Foi um susto que apanhou nas primeiras aulas em que ficou algum tempo debaixo de um colchão e fui eu a chamar a atenção da professora para tal.
Fiquem bem, boas pescas a todos e até à próxima pescaria, que isto a partir de agora vai ser actualizado a cada pescaria feita.

1 comentário:

Anónimo disse...

DOGO não dês importancia ao medo,enfrenta-o,e diz eu sou capaz.«tens que mostrar que és capaz»Pois vais ter um longo percurso, uma meta de cada vez, Vais ser um vencedor.Sê feliz beij da avó lena