quinta-feira, 11 de novembro de 2010

As Primeiras Pescarias no REBOLO

O vicio da pesca.
Sim foi a pesca embarcada que ganhou este combate. Talvez devido à caça submarina e ao facto de essa modalidade ser praticada dentro de agua, talvez tenha sido isso que me levou à embarcada, ou talvez porque tinha de ser. Isto porque ultimamente acredito mais no destino, do que em puras coincidências.
Como já referi anteriormente, a pesca é algo que comecei a fazer sozinho, algo que me viciou totalmente, ao ponto de hoje em dia ficar mais sobre stress e pressão quando fico muito tempo sem o fazer.
Aproveitando aquela nova frase bem conhecida. Se podia viver sem a pesca? Podia, mas certamente não era a mesma coisa.
Não sei explicar, sinto que é algo que me completa, algo que tanto prazer me dá, nesse meio que cada vez respeito mais, o mar.
As variáveis a que esta modalidade está sujeita, são inúmeras,  talvez por isso sinta que é necessário evoluir, aprender, falar, ver, experimentar, enfim tanto para aprender. Assim, possivelmente essas variáveis e esses factores vão diminuindo com o tempo, tornando assim a pesca mais proveitosa em detrimento de acções alheias à nossa vontade, às quais estamos sempre sujeitos na embarcada.
Tudo tem uma evolução, eu enquanto pescador tenho sentido uma pequena evolução na embarcada. Digo isto porque olho para as minhas primeiras saídas de barco, os perigos que corri nas primeiras saídas mal planeadas, onde reinava mais a vontade de ir do que qualquer outra coisa., bem como, a evolução nas pescarias que vim a fazer desde à um ano para cá.
Muitos comentários ouvi, na maioria, de muita gente que pescava, uns mais experientes outros menos.
Como todos nós sabemos, neste mundo da pesca, cada um pesca com a sua.
No entanto, ao longo da minha vida, fora da pesca, também sinto que cresci e evolui (acho eu), sinto que cada vez devo acreditar menos nas meias verdades. Ou sim ou não, agora o nim, hummm...  já não me entra como entrava aqui à uns anos, em que me considerava mais tolerante para as meias verdades. Isto porque também não sou assim, meio verdadeiro.
Sempre gostei de ver com os meus olhos, e nos últimos tempos, gosto de poder comprovar as coisas, pois só assim sei se resultam ou não.
Assim, deixei de acreditar naqueles que dizem que isto é assim ou assado, só porque ouviram o primo do amigo do tio do avô e por ai a fora. Aqueles que contam um conto e acrescentam um ponto.
Estou sempre aberto a opiniões e criticas, uma critica bem feita, pode melhorar algo para melhor, é o que eu chamo uma critica construtiva.
Se vir três caminhos para chegar a um destino, e alguém me disser que devo ir por um deles, porque é o melhor, gosto que me expliquem porquê. Agora eu ver três caminhos e dizerem-me que só existe um e ainda por cima, não explicam nada, isso não,  já não tenho paciência.
Na pesca, também é assim já não acredito em meias verdades.
Comecei na pesca aos diversos, como a grande maioria dos pescadores embarcados, e logo quase ao mesmo tempo, o choco, como referi nas pescarias no FOGUETE.
Mantive-me na pesca aos diversos durante algum tempo, aquilo que era uma brincadeira começou a ficar mais serio, porque como tudo na vida, tudo tem uma evolução e não podemos estagnar no tempo para não ficar-mos obsoletos.
Como exemplo, embora fora da pesca, vejo a minha Mãe, aqui à uns quatro anos atrás, nem uma mensagem escrita conseguia enviar do telemóvel, era tudo uma confusão para ela. Computadores, só mesmo limpar o pó de cima do computador do meu Pai. Hoje em dia já quase a meio caminho dos setenta anos, já tecla no messenger, e até já vim a saber que esta semana já aderiu ao FaceBook. Força Mãe, a vida não pára, enquanto cá estamos é aproveitar, aprender e ensinar.
E foi também assim que senti a minha pequena evolução, aprendendo aos poucos, na maioria das vezes sem explicações de ninguém, experimentando, insistindo, variando e quando dei por mim, vi que era tão pouco. Tenho ainda um longo caminho a percorrer, neste mundo tão vasto que é a pesca.
Senti que precisava de praticar mais e foi ai que me decidi a comprar o REBOLO.
Para já chega-me perfeitamente, acho que tenho muito ainda para por em pratica.
Já fiz mais saídas em três meses com esta embarcação, do que em um ano com a anterior, também tempo é algo que não me falta neste momento, e sempre que o outro tempo e o mar me permitir, lá estarei eu a fazer as minhas pescarias. Também, gasto o mesmo em três saídas com esta embarcação do que gastava com uma saída na outra.
O espaço para arrumação de material, nada tem a ver com o FOGUETE, foi também para mim uma grande evolução em termos de embarcação.
Acreditem que navegar com volante em pé no REBOLO, ou lá atrás na popa agarrado ao motor no meu ex. FOGUETE, é muito diferente. É da noite para o dia, no Foguete, a viagem quer de ida quer de volta para  falar só a mesmo a gritar, no REBOLO, já é tudo mais suave, mais económico e muito mais confortável.
No inicio mantive a mesma cana, a Barros Ultron Boat,  mas rapidamente e após pescar com umas quantas canas maiores percebi que faziam alguma diferença na acção de pesca, mas sentia que algo não se enquadrava na minha forma de pescar. Talvez por a minha cana ter uma acção mais parabólica ou semi-parabólica e as que experimentei serem só de acção de ponteira, também podia ser porque as que experimentei eram telescópicas, daquelas que dão para pescar quer a três, quer a quatro metros de comprimento e a minha ser de módulos. Bem resolvi esperar e não fazer uma compra precipitada.
Se puderem antes de comprar uma cana, tentem pedir a alguém que tenha uma, que vos deixe pescar um pouco com ela para verem se a adaptação é boa ou não.
Muito aprendi nos últimos tempos lendo o Blog A Minha Pesca, do Sr. Ernesto Lima, muito esmiucei eu com muito prazer, todas aquelas paginas, aqueles meses todos de experiências ali documentadas.
Tanta informação disponível.
Isto não é normal, pensei eu para mim. Talvez pelo facto de ser professor e ter esse dom, ter prazer em ensinar os outros, sim porque nem todos têm essa capacidade.  
Para mim foi como um Guru da pesca, a sua forma de escrever e os seus relatos deixavam-me sempre com vontade de ler mais e mais, passei noites e noites, a ler, a tirar apontamentos para depois tentar por as coisas em pratica.
Mas isso fica para outra altura, onde irei contar como conheci o Sr. Ernesto Lima e como o admiro a ele e ao seu Blog.
Foi ao ler o seu Blog, que me inspirei para iniciar este, não que o queira imitar ou copiar, mas sim porque vi que seria um óptimo álbum de recordações para mim e para os que me rodeiam e quem sabe, se não poderei ajudar alguém, que como eu, não pescava nada disto.
Vou então mostrar algumas fotos, das minhas primeiras pescarias, na embarcação REBOLO.

A primeira dia  20-08-2010, com o Ricardo Alentini e a segunda dia 22-08-2010 com o Gonçalo.
As saídas são feitas da rampa na Mitrena e o mapa que vêm abaixo é do meu GPS.
Pesco habitualmente em 4 pontos, aqui ainda só estão 3 o São Luis I , II, III, assim já sabem quando me referir aos pontos.






















Pesca aos diversos  Sao Luis I e II, a cerca de 30/35 metros de profundidade, com montagens em fluorcarbono, com as missangas cross b. e anzóis nº 4. Anzóis e montagens bem pequenos, em comparação com os que pesco hoje em dia.
Isco Camarão


O Ricardo Alentini e a nossa pescaria.



























Sarguetas, Choupas,Carapaus, Sardas, um Parguito e Um Besugo, apanhados pelo Ricardo.

Dia 22-08-2010



 O Gonçalo e a nossa pescaria, mais uma aos diversos, desta vez num ponto novo, que resolvi experimentar.



27-08-2010

Este dia foi especial em muitos sentidos, levei a minha Mãe e o meu tio Jaime, pela primeira vez à pesca embarcada.
A primeira saída com a minha Mãe, foi feita antes, não para pescar, mas sim para passar um dia de praia com a família ali nos cabeços de Tróia. E lembro-me que nesse dia ficou enjoada e mal disposta.
Mas desta vez, dei-lhe com os belos dos comprimidos e a coisa correu bem, os meus parabéns Mãe, estiveste à altura da pescaria.
Foi também neste dia, que se bateu o 1º record da embarcação REBOLO, o meu tio Jaime Beato apanhou uma Dourada perto dos 3 kilos.
Foi ali perto do S. Luis II, por volta dos 30 metros de profundidade.
As montagens feitas por mim subiram o numero do anzol para 2 e 3 em vez dos habituais nº 4. mas manteve-se o mesmo tipo de montagem com 3 anzóis, conforme o esquema mais acima
A isca foi camarão e sarda fresca.
A minha Mãe chegou a fazer umas duplas de sardas,  quando elas apareciam.
É tão bom poder transmitir esse  prazer, quando apanhamos algo que nos dá luta e depois entra na embarcação.
A Dourada foi ao camarão, mas numa montagem já com anzol nº 1, foi quase no final da jornada, quando a vi vir para cima após uns quantos minutos de luta, em que a embraiagem do carreto do meu tio trabalhava bem.
Ele, sentado, manteve sempre a tensão na cana e manteve um enrolar constante e muito calmamente a trouxe para cima. Eu estava à sua espera e quando a vi entrar no xalavar disse para mim, que bicho.
Não era o meu sonho tornado realidade, sim, porque o meu sonho, era apanhar uma Dourada,.
Sabem porque?
Foi um peixe que nunca apanhei, nem na caça submarina, nem na pesca apeada e até à bem pouco tempo nunca na embarcada. Fica para contar mais à frente a minha primeira Dourada.
Parabéns, ao meu tio pelo 1ª record.
Espero que muitos outros vão aparecendo é sinal que ainda cá estamos, podendo assim continuar a disfrutar de algo tão bom, a pesca.





Assim, termino aqui com as pescarias do mês de Agosto.
Em seguida, vou dedicar uma pagina às pescarias com a minha mulher, onde tornei o meu sonho realidade.


1 comentário:

Marco Aurélio disse...

essa pedra tem muito peixe e pesco muito ai