Nova pescaria neste mês de Janeiro.
Desta vez com o Gonçalo e o Alentini.
À saída da rampa conheci mais um pescador aqui da zona, o Luís, que se apresentou como um conhecedor deste espaço e das minhas pescarias, trocamos algumas palavras e deixo aqui um abraço ao Luís e um agradecimento pela sua atitude.
Decidi ir ali para a barra de Setubal na casa dos 82 metros de profundidade.
Fundo de lama e rocha ali ao pé das três pedras dos pontões da serra, já tinha passado pela regueirinha ali na casa dos 60 metros, mas nada de marcações na sonda.
No fundo não dei com eles, uma zona nova para mim, apostei mais em zonas fundas face a temperatura da agua, mas sem sucesso.
É assim a pesca uns dias muito bons outros só bons.
Os muito bons, são aqueles em que ao dia de pesca em si juntamos alguns exemplares.
Os bons, são aqueles em que essas capturas não aparecem, isto porque já acho que não existem maus dias de pesca, só poder estar ali já é muito bom. Poder relaxar a mente do stress do quotidiano do dia a dia.
O ano passado já tinha pescado uma vez perto do local escolhido e na altura apanhei duas raias, foi numa pescaria com o meu tio.
As expectativas não iam altas, isto face à ultima pescaria.
Na zona estavam cerca de 4 barcos à pesca e quando iniciei a sondagem do local um deles estava a levantar ferro.
Após o fundeio os toques começaram a aparecer, mas pouco depois desapareceram.
Pensei, será que ainda ai algo maior, mas não, após entrada de alguns exemplares libertados em especial safios pequenos, os toques desapareceram por completo.
A maré estava a vazar até as 12:30, pelo que esperava que na enchente a coisa mudasse, mas não mudou, pelo que resolvi levantar ferro e vir mais para terra.
O Alentini ainda safou o tacho para a caldeirada, com safio, raia e ruivo.
Eu apanhei uma cavala e bebi um belo Montaria tinto, acompanhado com umas azeitonas bem temperadas.
No regresso um por do sol a assinar a bela da paisagem.
Boas,
Mais um belo dia passado, que começou frio e para o meio, ficou quente como um dia de verão.
Pescaria combinada com o Ricardo Matzinger e o Gonçalo dia 08-01-2012, a primeira do ano.
Foi com o Gonçalo por volta das 17:00 do dia anterior, após a conclusão da mesa de iscos, que faltava na embarcação Rebolo, que em conversa resolvemos ir à pesca.
Então e que tal amanha irmos testar a mesa de iscos?
Eu, como não gosto nada disto da pesca, não pensei muito e disse logo que sim.
Ainda fomos tentar arranjar caranguejo, mas face à hora tardia não foi possível, só tinha sardinha e cavalas que íamos apanhando, as quais foram o prato do dia.
Vai de ligar ao Ricardo Matzinger que já me tinha falado em ir a pesca na sexta feira e tinha ficado tudo em aberto.
A mesa de iscos, já tinha sido testada na pescaria anterior, mas ainda não estava acabada.
Agora já fica presa e sai com facilidade dos tubos de inox que a suportam, algo que já fazia falta na embarcação Rebolo.
Aproveitei um tabuleiro que me deram de inox, o qual cabia que nem uma luva, num espaço morto acima do deposito de gasolina da embarcação.
Facilita a rápida reposição de iscadas, deixando espaço para que todos possam tirar isca sem incomodar os outros pescadores em acção de pesca. Tudo feito a pensar no bem estar dos pescadores hehehe.
Deixo aqui umas fotos da nova mesa de iscos.
Voltando ao dia em si, vento frio de manha que acalmou para o meio-dia, ficando o mar um verdadeiro lago para o final da tarde.
Como era a primeira pescaria do ano resolvi mudar de local, fui explorar um local novo na casa dos 48 metros de profundidade. Fundo de areia, gravilha e rocha, isto segundo a carta do gps.
O motivo de mudar de local?
Habitualmente tenho pescado na casa dos 33 metros de profundidade e algo que percebi nos últimos dois anos é que no inverno o peixe tem tendência a ir para locais mais fundos face à temperatura da agua.
Na penúltima pescaria registei 16,6 ºC na sonda, e nesta ultima 14,2 ºC, o que me fez pensar que deveria procurar outro local de pesca, mais fora. Já andava na minha mente ir a outro local novo e assim fiz.
Por norma procurava as grandes marcações de peixe na sonda, mas parece que não é o melhor sinal para pescar, não quer dizer que não seja um bom local de pesca, mas existem outros sinais que podem mostrar algo melhor.
Não o sei por experiência própria certamente, mas foi algo que aprendi recentemente no workshop de pesca embarcada e que tenho de por em pratica para poder tirar as minhas ilações.
Em suma, sou tenrinho na matéria e muito tenho de aprender para poder falar por aqui em concreto sem estar a dizer disparates.
Passando ao dia de pesca.Um dia difícil, pois as cavalas não nos largavam a isca.
Eu estava a usar uma chumbada de 220 gramas e mesmo assim, atacavam a isca na descida e quando conseguia chegar lá abaixo sem ataques, eram novamente cavalas a lá ir cheirar as iscas.
Era um frenesim alimentar de cavalas, o qual ainda não tinha visto, eram cardumes de cavalas em toda a linha de agua, o que me fez levantar ferro e ir para outro local.
Já à algum tempo que não levantava ferro a meio de uma pescaria. Lá vem o pau de dois bicos novamente. Levanto ferro? ou mantenho-me aqui e espero?
Desta vez levantei ferro, já a muito tempo que não o fazia, mas penso que foi a melhor opção. Penso eu de que, como diz o outro senhor.
Começamos a pescar perto das 11:00, eram 14:00 e só entraram cavalas a bordo, tirando outros peixitos devolvidos ao mar, mas mesmo assim poucos e pequenos.
Ainda ficamos ali cerca de 3 horas e meia, eram cavalas a montes, como dizem aqui na terra.
Resolvi mesmo levantar ferro e ir pregar ou pescar para outra freguesia.
Pensei para comigo, já agora vou tentar pescar na zona onde pesco habitualmente, assim podia ver se teria valido a pena mudar ou não de local.
Lá percorri cerca de 1 milha até chegar ao ponto habitual de pesca.
Ferro para baixo após as leituras de sonda e verificações de deriva no gps e vai de começar a pescar.
O ferro garrou pelo fundo e saímos do local inicial de fundeio, já passava das duas e meia da tarde pelo que resolvi ficar mesmo por ali, visto que a sonda mostrava alguma actividade lá em baixo.
Subiu uma ganopa a bordo e pouco depois outra, estava em cima da pedra. Vai de dar mais umas braças de cabo e ver se a coisa corria melhor.
Sinceramente acho que mais vale levantar ferro novamente e corrigir o fundeio do que estar a largar mais cabo, mas o tempo não era muito e resolvi largar cabo.
Apareceram os meus amigos safios, dois besugos e mais cavalas.
Acabei por não tirar grandes conclusões, pois não fiquei onde devia no segundo local de pesca.
No entanto, foi um dia muito bom para relaxar a mente, já à algum tempo que não ia ao mar contemplar a paisagem que me rodeia a calma que me transmite e simplesmente o prazer de estar ali com boa companhia a fazer algo que tanto gosto.
Que venham mais dias destes, com ou sem cavalas, venha o que vier, ou mesmo que não venha nada, que estes dias se repitam por este ano fora.
É sinal que cá estou e que ainda o posso fazer, para já não posso pedir mais.
Para finalizar, o vídeo da praxe e um bom 2012 a todos.
