sábado, 25 de junho de 2011

O meu primeiro Robalo na embarcada


Boas,
Sábado 25-06-2001, um dia excelente em termos de tempo de mar e de pesca.
Já à algum tempo que não tinha um dia assim, daqueles que nos fazem sorrir ainda mais, porque algo de novo aconteceu.
É assim a pesca, só lá indo poderei ter estas novidades para contar, de outra forma fica só em pensamento.
Foi uma pescaria combinada com o João Gomes e o meu tio Jaime Beato.
Saída combinada para as 8:00 da manha, isca sardinha e só sardinha.
Foi um daqueles dias em que fui sem preparar as coisa no dia anterior, por falta de tempo.
Assim, agarrei na mala que já estava semi-preparada e vai de sair sem grandes pensamentos ou expectativas, só queria pescar, na semana passada não foi possivel ir ao mar e o bichinho já estava cá dentro a remoer só queria lá ir e relaxar um pouco da semana de trabalho.
E lá fui eu, desta vez nem fui ao choco, queria ir logo lá para fora para pescar, porque nos últimos tempos os chocos têm sido poucos aqui para estas bandas.
O Mar estava um lago transparente, as tainhas saltavam ao redor da embarcação, cardumes e mais cardumes delas que nos apareceram ali após virar o cabeço de Tróia.
Chegamos ao local habitual, onde tenho pescado nos últimos tempos ali na casa dos 45 metros de profundidade, perto do Mar de manteiga e vai de sondar, não demorei muito até encontrar uma boa marcação, uns verdes uns amarelos e uns laranjas agarrados ao fundo numa extensão de mais de 10 metros.
Nova passagem no local após desligar a embarcação e verificar a deriva e lá se mantinha a marcação que havia visto anteriormente. Vento fraco, corrente muito pouca o que facilitou o fundear e a precisão de ficar no local pretendido.
Preparação das canas e iscas e vai de começar a pescar.
Estávamos todos a pescar da mesma forma e com a mesma isca, sardinha e só sardinha, o que me leva a crer cada vez mais que só assim se conseguem estes resultados.
Quando numa embarcação cada um pesca à sua maneira a coisa não se dá, as experiências que tenho feito têm me deixado cada vez mais com a certeza que para fazer um bom pesqueiro deveremos todos pescar da mesma forma, pois só assim se conseguem os resultados que atingimos hoje.
Claro que existem sempre outros factores, mas se formos excluindo alguns, conseguimos tirar ilações em nosso proveito e sinceramente acho que devo criar estas regras pois só assim poderei tirar as minhas conclusões.
Por isso é que muitas vezes gosto de pescar sozinho, para poder fazer aquilo que quero e como quero.
Para que ser teimoso? Gosto de aprender e por isso é que sigo os conselhos de quem sabe, neste caso do meu amigo Ernesto Lima, basta olhar os seus relatos no seu Blog, A Minha Pesca e rapidamente se vê que sabe aquilo que diz e os seus resultados estão à vista. Também gosto de tentar fazer ver aos outros aquilo que faço e explicar o porque de tentar fazer assim, não que me queira comparar a alguém ou tentar ser melhor ou pior, mas se alguém com bastante mais experiência e provas dadas diz que se deve fazer assim, para que inventar ou ser teimoso.
Assim, deixo aqui mais uma vez um agradecimento especial ao Ernesto, que tanto me tem ensinado quer pessoalmente nas poucas conversas que temos tido, quer nos seus relatos que tento seguir atentamente e tirando sempre algo que possa por em pratica.
No inicio das minhas pescarias embarcadas, não criava regras para pescar na minha embarcação, cada um pescava como queria e os resultados não apareciam, por isso é que hoje e levando a pesca um pouco mais a sério, resolvi criar esta regra, pescar da mesma forma e para o mesmo balde, em equipa como lhe chamo.
Bem mas passando à frente, lá começou a sardinha a descer nas nossas iscadas e a pouco e pouco ia desaparecendo.
Inicialmente ratada na barriga pelos amigos mais pequenos, depois desaparecia num ápice pelos nossos amigos besugos e o pesqueiro começou a dar o ar da sua graça. Iniciariam-se os besugos XXL, sempre presentes durante todo o dia, depois tive um toque mais forte e uma bela bica, pouco depois um Pargo, seguido de outra Bica ainda maior e mais para o fim um Robalo, o que vêm na foto de entrada e que me fez explodir de alegria, nunca tal me tinha acontecido e é mais um para juntar à lista das espécies capturadas.
Não é muito normal apanhar robalos na pesca ao fundo, mas às vezes acontece, só la indo, testando e tentando aperfeiçoar cada vez mais esta arte que é a pesca e que se consegue algo.
Tinha o dia feito, a minha cara expressa bem a alegria do meu dia de pesca.



Se calhar é do chapéu, este chapéu já me deu algumas alegrias hehehehe e como dizem que em equipa que ganha não se mexe, tem feito parte da minha equipa e material de pesca. Esta é para picar alguns senhores que são anti-vermelhos e não gostam do meu chapéu :)
Por volta das 15:30 arrancamos do local, fiz uma paragem no cabeço de Tróia para irmos dar um mergulho pois estava um dia daqueles de verão com muito calor.
A viagem de regresso já no rio Sado.


E a nossa pescaria para finalizar.




segunda-feira, 13 de junho de 2011

Douradinha de domingo / Fotos Caça Sub


Boas,
Este Domingo lá fui fazer mais uma embarcada, o windguru falhou na previsão do vento, pois só previa vento forte a partir das 16:00 e cerca das 13:00 o vento já era tanto que não nos deixava pescar em condições. 
Mais uma pescaria com o Alentini.
Iniciamos a pescaria ao choco como habitualmente no Soltroia, mas conforme referi no ultimo post os chocos não andam lá.
De facto as historias das ovas de choco é uma verdade em que cada vez penso mais, se assim continuar vamos acabar com o choco rapidamente aqui na zona.
Recordo-me que o ano passado e à dois anos, nesta altura do ano era choco a montes como dizem aqui na terra mas agora nem vê-los.
Lá ficámos por ali cerca de uma hora e chocos nada nem um apanhamos.
Resolvi seguir então para mais uma pescaria embarcada.
Desta vez iria voltar ao ponto onde pesquei à umas semanas atrás e que me tem dado boas pescarias ali na casa dos 45 metros de profundidade.
A maré estava a encher até às 13:00 o que me fez pensar que poderia apanhar uns peixinhos, mas enganei-me, apenas me calhou um exemplar, a dourada que vêm na foto de abertura.
É assim mesmo a pesca, tem dias e ontem não foi um bom dia de pesca mas sabe sempre bem estar no mar, a beber uma vinhaça do amigo Alentini, desta vez foi uma garrafa de Montaria tinto que foi aberta por volta das 10:30, mais cedo do que é habitual, mas a ausência de toques era tanta que resolvemos comer uma bucha e beber um copinho de vinho para ver se as coisas entretanto se alteravam.
O Alentini estava a pescar com lula e eu com sardinha.
Neste pesqueiro apanhei a dourada e nada mais. O Alentini um safio, duas safias e um carapau.
Enquanto estávamos em acção de pesca que de acção teve muito pouco, víamos os barcos da marítimo turística a andar de um lado para o outro, sinal de que a coisa não estava boa e lá resolvi também mudar de pesqueiro.
Vim mais para terra e para norte, mas a coisa não melhorou, muito pelo contrario toques zero, nada das 12:00 às 13:30 no novo pesqueiro nem um toque sentimos o vento e as ondas ou carneirada provocados pelo vento faziam com que a embarcação andasse constantemente de um lado para o outro, pelo que resolvi levantar ferro e dar o dia como concluído.
O que falhou? Não sei, ainda sou novato na matéria para poder opinar ou efectuar comparações.
Não me posso queixar, pois as coisas não me tem corrido mal, posso me dar por muito contente por poder continuar a fazer aquilo que tanto gosto, ir ao mar e poder pescar, ou passar lá o dia e poder esquecer todo o resto de menos bom.
Antes de mais, quero agradecer a todos os que por aqui passam, pois o numero de visitantes aumentou consideravelmente. Aqui à uns meses atrás andava perto das 80 visitas por dia e agora ando perto das 200, pelo que deixo aqui o meu agradecimento a todos os que gostam de visitar o Pesca Aqui.
Então, deixo aqui uma fotos do exemplar capturado, mais uma vez com o meu filho que cada vez mais gosta de agarrar nos peixinhos aquando a minha chegada.



Agora vou deixar por aqui mais uma fotos do amigo Ricardo Matzinger, numa das suas ultimas caçadas submarinas, belas chapas Ricardo, obrigado pelo envio para publicação.















Até a próxima.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Domingo de Nevoeiro


Boas,
Domingo 05-06-2011, pescaria combinada com o amigo Alentini. 
Saímos da rampa perto das 7:30 da manha, o Sereno (Nevoeiro) como dizem os meus amigos nos Açores, estava em grande. No meio do Sado se não fosse o GPS e o reflector de radar seria difícil de andar por ali.
O objectivo era pescar só no período da manha, pois o windguru previa rajadas de 12 nós a partir das duas da tarde e acima dos 14 nós a partir das quatro da tarde.
Lá fui em direcção à marina de Troia e depois dali segui sempre encostado a terra até a zona do soltroia para a pesca ao choco como vem sendo habitual.
A agua estava limpa como ainda não tinha visto este ano, uma visibilidade fora do normal mesmo sem muita luz do sol em consequência do nevoeiro que se fazia sentir.
Os chocos eram apanhados a serem vistos no fundo e os poucos que apanhamos eram pequenos.
Este ano acho que tenho de dar razão a alguns comentários que tenho ouvido em relação à apanha de ovas dos chocos . É que nesta altura nos anos anteriores quer o numero quer o tamanho deles era bem superior, o que me faz pensar se não estão a aniquilar a reprodução dos chocos com a apanha das ovas que agora parece que virou moda.
No entanto foi bonito de ver aqueles fundos e outras espécies que andavam por ali, raias e alguns cardumes de peixes mais pequenos.
Pouco tempo depois apareceu um cardume de peixe porco que não nos deixavam os palhaços em paz, tornando difícil a captura dos chocos, ainda não me tinha acontecido isto. Estes peixes porcos atacam tudo o que se mexe dentro de agua.
Assim, resolvi meter um anzol com estralho de aço que tinha ali à mão preso a um pouco de linha sem chumbada e vai de apanhar alguns peixes porco. Um deles apanhei só com o xalavar, fazendo com que o mesmo viesse ao encontro da lula que tinha colocado no anzol e vinha tão obcecado pela isca que entrou logo para dentro do xalavar. Ainda apanhei 3 peixes porcos e depois o cardume desapareceu.
Já tenho peixe para fazer as minhas pataniscas.
Lá resolvemos seguir para a nossa pescaria à cana, uma vez que os chocos não queriam nada connosco.
Face as temperaturas da agua que tenho encontrado, cerca de 20 graus, resolvi pescar mais encostado a terra e deixar a zona onde tenho pescado nos últimos tempos descansar um pouco.
Sondei bastante ali na casa dos 30 metros e lá encontrei uma marcação interessante.
O fundear cada vez corre melhor, é sem duvida algo que requer pratica, mas o a vontade com que o faço neste momento é bem diferente do que fazia no passado.
Volto a referir que a melhor forma de o fazer é marcar o ponto no gps onde vimos a marcação de sonda, desligamos o motor da embarcação e verificamos a deriva, seguimos em rumo contrario à deriva e depois por norma ando cerca de 50 a 70 metros para a frente do ponto sempre seguindo o rumo contrario à deriva e largo o ferro. Depois se necessário dou mais uma quantas braças de cabo até ficar no ponto onde quero.  
Montagens habituais para mim, iscas sardinha e cavala apanhada na altura o Alentini pescou com anzóis mais pequenos e com camarão enquanto isca.
Também utilizamos lula, mas a sardinha estava a resultar tão bem que quase nem a usei.
Os toques fizeram-se sentir de imediato para o Alentini enquanto eu montava a minha cana, iniciamos a pesca com a captura de uns besugos, e o pesqueiro esteve sempre activo, muito carapau que andava na zona e o Alentini com os anzóis mais pequenos apanhava uns quantos.
Para mim com iscadas de sardinha e anzois maiores,  eram os safios que estavam na berra, foram cinco no total um perdido, dois devolvidos e dois capturados, depois iam entrando alguns besugos, umas choupas e o alentini apanhou algumas safias mas foram devolvidas face ao seu tamanho, já tinham medida mas é preferível que cresçam mais. Assim quem sabe se não nos podem dar outras alegrias no futuro, ou a outros pescadores.
Para o final da pescaria perto das três da tarde senti um picar, ferrei e senti algum peso, a meia agua o carreto começou a cantar e não sabia o que era aquilo, pensei que fosse um sarrajão, mas não, era uma cavala quileira como ainda não tinha apanhado, que bicho grande e que luta engraçada que me deu.
Um belo dia passado, com uma pescaria aos diversos.
Para a próxima irei mais fora tentar novamente os maiores, quem sabe se terei sorte, só lá indo é que poderei saber.
Até à próxima, que vem ai um fim de semana maior, só espero que o tempo ajude.
Ficam aqui umas fotos da pescaria.