quarta-feira, 23 de março de 2011

Dobradinha de fim de semana


Boas,
Finalmente iniciei estagio num trabalho.
Espero em breve já estar integrado a 100% desta feita numa área nova para mim, o gás.
Assim, aproveitei o bom tempo sentido este fim de semana e fiz uma dobradinha, sábado uma embarcada e domingo um surfcasting.
Sábado fui com o meu amigo Alentini, era o dia do pai e acordei com uma bela surpresa do meu filho uma prenda feita por ele que passo a mostrar e ainda um belo bolo feito pela minha pequenina, estragam-me com mimos e depois fico todo babado.



Lá segui então para a pesca, a maré estava na baixa mar e foi complicado meter o barco na rampa, pois devido as marés vivas em consequência do primeiro dia de lua cheia as amplitudes de maré estavam em grande, não tendo eu apanhado até agora a maré tão baixa ali na rampa da Mitrena.
Os cabeços do rio Sado estavam completamente à vista e as embarcações estavam às dezenas nos referidos cabeços na apanha de iscos e mariscos. Sinceramente nunca tinha visto ali tantas embarcações.
Iniciamos a pesca ao choco no Soltroia, mas a coisa estava mesmo fraquinha, um choco foi o resultado após quase duas horas de pesca aos ditos.
Depois lá segui para fora tentando os mares mais fundos lá na casa dos 80 metros.
Por volta dos 70 metros a sonda deixou de funcionar, a bateria estava com tensão baixa e a sonda desligava-se.
Então lá resolvi agarrar-me a uma bóia dos covos ali perto dos 80 metros, a qual fazia uma marcação com as casinhas brancas acima do portinho da arrabida e a grua da lisnave, referencias que tenho tirado a olho no ultimo local que pesquei naquelas profundidades.
Montagens habituais e chumbada de 180 gramas, sendo trocada para 215 gramas face à corrente sentida no local 
O dia estava excelente, pelo menos em termos de tempo e mar. Já em termos de capturas a coisa estava fraca, gastei dois quilos de sardinha e capturas só algumas cavalas e uma safia.
Depois por volta das quatro da tarde, lá começaram a aparecer os besugos já depois de ter gasto toda a sardinha e algumas cavalas.
Ainda apanhei um besugo com sardinha, outro com cavala e depois todos os restantes com camarão.
Ainda me calharam sete besugos num espaço de meia hora.
O vinho tinto lá fez a nossa tarde mais alegre, como vem sendo normal nas pingas trazidas pelo amigo Alentini.
A nossa pesca lá se safou para o final da tarde, tendo o Alentini ainda apanhado uma bica.
Por volta das quatro e meia abalei do local, não fosse apanhar a maré baixa no seu pico e depois era complicado tirar a embarcação pela rampa conforme haveria estado no período da manha.
Aqui fica a nossa pescaria.


Depois o domingo.
Foi a primeira experiência mais a serio do meu filho, mais concretamente num surfcasting, novamente na praia do Pego.
Ensinei-lhe o enrolar do carreto e as iscadas no anzol. Os lançamentos ficaram só pelo olhar pois a cana é grande demais para ele poder sequer tentar praticar.
Gosto da forma como ele já agarra no peixe, sem qualquer medo e penso que em breve irá seguir as minhas pisadas ficando ainda a gostar mais desta arte que é a pesca.
Do dia passado apenas se capturou aquele sargo que vêm na foto da entrada, mas já não foi mau para quem só está habituado à embarcada.
Os lançamentos ainda necessitam de mais pratica nesta área do surfcasting.
Os iscos utilizados foram casulo, ganso, coreano e ainda apanhei na praia uma caixa de minhoca de balão possivelmente deixada por um pescador nocturno.
Deixo aqui algumas fotos do excelente dia passado na companhia do meu filho e da minha mulher.

 



terça-feira, 15 de março de 2011

Surfcasting na praia do Pego


Pois é verdade desta vez fui fazer uma pesca diferente, um Surfcasting.
Assim, aproveito esta ocasião, para plagiar uma historia do Sr. António Soares, que vi lá no fórum e que achei muito boa em relação a este tipo de pesca.

Aqui há tempos, à conversa com um dos meus “padrinhos” nas lides da pesca nos areais, na gloriosa década de 70, homem já com perto de 80 anos, perguntava-me ele se ainda me lembrava daquelas grandes pescarias que se faziam amiúde.
Respondi-lhe que sim, evidentemente que recordava esses belos tempos dos “canelons” de 5 mt, pesadões, dos lentos tratores “Sofis” (até pedras rebocavam), mas que agora, para além das muito pouco prováveis capturas, as canas e os carretos e as linhas sofreram uma grande revolução e até puseram no mapa de campeões mundiais de Surfcasting o nome de portugueses.
Bom, o homem olhou-me duma maneira esquisita. Espantado, admirado e, baixinho, balbuciou:
- Surf quê?
- Surf-cas-ting. Soletrei…
- É pá, isso de Surfcasting não presta para nada. A pesca na costa é que era bom !!!
  

Passando então a mais uma pescaria.
A coisa já estava combinada à algumas semanas atrás lá com o pessoal do fórum do Porto de Abrigo, mas devido ao mau tempo que se tem feito sentir, foi sendo adiada.
Sábado, dia 12 lá se previa uma aberta na chuva e a coisa lá se deu finalmente, embora que com menos participantes do que estavam previstos inicialmente.
No fundo seria um embate técnico entre o pessoal da pesca embarcada e o pessoal do surfcasting, ou como dizem por lá, um embate entre o pessoal do sintético e o pessoal da areia.
Foram poucos os presentes, mas foi um dia bem agradável a fazer aquilo que todos gostamos, pescar.
Combinamos arrancar aqui de Setúbal por volta das 15:00, o destino era a praia do Pego, na Comporta.
Material preparado, fiz umas montagens com uns fios mais finos que tinha para aqui e cana e carreto foram  emprestados pelo amigo Alentini, uma vez que não tenho material para este tipo de pesca.
E lá fomos nós eu o Nuno Paulino e o Vira, apanhamos o ferry em direcção a Tróia e pretendíamos iniciar a pesca já no fim da tarde e pernoitar até o tempo o permitir, pois a chuva estava para voltar já a partir da meia-noite de sábado.  
A juntar-se a nós mais tarde estariam mais dois elementos, o Luis Nascimento e o João Martins.
No fundo senti-me intimidado, pois fui o único guerreiro do sintético a defrontar aqueles guerreiros todos da areia.
Mas o que queria realmente era estar ali com aquela bela companhia de amigos novos que tenho feito derivada desta arte que é a pesca e se possível aprender um pouco mais de outro tipo de pesca que é o surfcasting.
A seguir à pesca embarcada, o surfcasting  é o tipo de pesca que mais gosto de fazer e posso vos dizer que ficou cá a vontade de voltar muito em breve à areia, pois muitas vezes o tempo não permite ir ao mar e assim sempre se relaxa na areia.
Já fiz ai uns convites ao pessoal amigo da embarcada para um serão destes em breve.
Bem mas passando ao embate em si.
Por volta das 17:00 já estávamos no Pego e vai de montar material.
Iscas para mim sardinha e casulo, os meus companheiros tinham estas e muitas outras, como batata, ganso, coreana e minhoca.
Aqui está a minha menina em acção de pesca.

Ao meu lado esquerdo, estava o Nuno, o Vira e o Luís Nascimento. Mais tarde, chegou  para o meu lado direito o João Martins.



Todos estavam a pescar com duas canas, tirando o Luís que estava com três e eu com uma.
Senti muito a falta de pratica nos lançamentos e o amigo Vira lá veio dar-me alguns conselhos.

Também estaria a pescar com estralhos muito curtos, montagens possivelmente desadequadas em relação aos guerreiros da areia e com uma chumbada em forma de torpedo a qual sentia a correr no fundo não sendo certamente a melhor opção.
Mais tarde, já ao anoitecer, mudei a montagem para uma com uns estralhos maiores, e o Nuno Paulino emprestou-me uma chumbada mais adequada.
Toques zero, mas lá fui aproveitando para ir treinando os lançamentos, sendo que as iscas vinham sempre na mesma, nenhum peixe se interessava por elas.
Uma foto do belo mar já ao final da tarde.

Já foi de por volta das 23:00 que tive o primeiro toque, após o Luís Nascimento ter vindo ao pé de mim afim de ver as iscas que estava a usar e colocar-me duas minhocas de ganso no anzol de baixo, mas ironia do destino o ganso estava lá e os toques fizeram-se sentir no casulo no anzol de cima.
Reposição de isca no anzol de cima, novo lançamento e um pouco depois novo picar, este ficou lá, era a minha primeira sargueta.
A partir daqui os toques começaram a aparecer com alguma frequência, eram sarguetas que andavam no local, foram quatro capturas no total, sendo que duas foram devolvidas à agua por serem pequenas.
O peso da grade teria desaparecido o que sabe sempre bem para não ficar mal no filme com os guerreiros da areia.
O Nuno Paulino e o Luís Nascimento, foram os pescadores da noite.
Aqui ficam à esquerda as minha duas sarguetas, e os maiores exemplares do pessoal.


Um dia muito bem passado, com uma noite muito boa em termos de vento e temperatura e companhia.
Decidimos abalar por volta da uma da manha e ainda bem, pois passado muito pouco tempo começou a cair a chuva que estava prevista no windguru.
Ficou o desejo de fazer mais umas nocturnas de surfcasting, pois é uma óptima maneira de conviver com os amigos e uma forma de podermos estar todos a pescar ao mesmo tempo, coisa que não consigo fazer na minha pequena embarcação na pesca embarcada.
Até a próxima, espero que seja em breve, mas no sintético que bons tempos vêm ai.

sábado, 5 de março de 2011

Pescaria decidida à ultima hora


Boas,
Pois é verdade ontem fui pescar, uma pescaria decidida à ultima hora.
Na quinta feira tinha visto o Windguru, previa chuva para sexta feira.
Na quinta esteve um dia excelente, mas a procura de trabalho e as entrevistas não permitiram a saída para o mar.
A vontade de testar os últimos mares, mais fundos, era muita, bem como de continuar a aprender e por em pratica esta arte que é a pesca.
Por volta das onze da noite de quinta voltei a verificar o Windguru, a chuva tinha desaparecido e o click fez-se logo na minha mente. Tenho de aproveitar, vêm ai uma semana de chuva pelo que a decisão de ir ao mar foi imediata.
Falei com a minha mulher e fiz-lhe o pedido de me ajudar a por o barco na rampa na sexta de manha, o pedido foi aceite, mas com um contra-proposta.
Então ficou assim combinado, ela ajudava-me a por o barco, mas eu tinha de a levar de manha para Tróia, pois está a trabalhar por lá e assim aproveitava a boleia, e ainda tinha de pescar com ela ao choco até as nove da manha e por volta das cinco da tarde apanhava-a novamente para a trazer de volta.
Que chatice ter uma mulher assim, gosta destas coisas e ainda por cima a contra proposta era um prazer para mim, pois são poucas as vezes que pescamos juntos e sabe sempre bem pescar ao seu lado.


Vai então de preparar o material todo fazer umas montagens, arranjar as montagens do choco e acabei toda esta preparação do material por volta da uma da manha.
Material preparado, papinha pronta para que a saída na manha seguinte fosse o mais rápida possível.
Só havia um senão, a sardinha era pouca mas a vontade de ir superava isso tudo.
Antes das oito da manha já estávamos na rampa, e lá seguimos para perto dos cabeços de Tróia.


Ficamos por ali até ás nove tendo eu apanhado um choco e a minha mulher um ainda maior, que bem que se sentia, teve o prazer de ir comigo de barco para o trabalho e ainda apanhou um belo choco, à dias assim que nos trazem estas pequenas grandes felicidades.
Lá a deixei no areal de Tróia e segui para fora, ainda com a ideia de tentar o choco, pois a minha mulher tinha me dito que no dia anterior estavam muitos barcos lá fora perto do Sol Tróia.



Na minha mente estava ainda um dia de pesca pela frente, iria ao choco no Sol Tróia já com as novas montagens efectuadas, e depois iria testar novamente os mares lá mais fora, ali no local onde tinha estado da ultima vez.
E assim fiz, fui ao choco e ainda apanhei mais três chocos, mas no local não estavam nenhumas embarcações conforme tinham estado no dia anterior. Fiquei por ali até perto das dez e meia e depois fiz-me aos mares de fora.
O mar estava mexido, com alguma ondulação e umas rajadas de vez em quando, o windguru previa 2 a 2.5 metros e vento fraco para a tarde.
A meia milha do local sensivelmente por volta dos 60 metros liguei a sonda, sondei bastante até chegar ao local onde haveria estado na sexta feira passada, mas marcações na sonda nada, a temperatura da agua estava nos 14.2 º o que me levou a pensar," queres ver que hoje me trocaram as voltas", a temperatura da agua tinha tido uma subida de 4 graus, na sexta passada estavam 10.2 º.
Queres ver que hoje eles estão mais perto de costa, sondei bastante ali na zona e nada.
Bem lá me fiz ao caminho de volta para mais perto de costa, sempre a sondar a cerca de 50 metros, mais para sul, do trajecto que teria feito à ida. E por volta dos 40 metros de profundidade lá comecei a ver algumas marcações na sonda.
Acabei por tomar uma decisão numa marcação que vi perto dos 37 metros de profundidade, já por volta do meio-dia, a deriva levava-me para sul e a corrente era forte o que me levou a fazer varias passagens no local até resolver largar o ferro.
É algo que me sinto mais confiante nos últimos tempos, não o faço como gostaria, ou seja, não posso dizer que já o sei fazer às mil maravilhas, mas a coisa está a melhorar.
E não me sai mal, fiquei a cerca de cinco metros do ponto que teria marcado no gps após ver a marcação na sonda, mas o vento e a corrente da parte da manha estavam mais fortes fazendo com que a embarcação andasse constantemente de um lado para o outro.
Cana montada, sardinha cortada e vai de largar iscas para baixo.
Toques pequenos e suaves, peixinho pequeno que ratava a sardinha, estive a dar de comer aqueles bichinhos cerca de 3 horas, apanhei um safio pequeno, dois polvos pequenos e mais alguns peixinhos pequenos que foram todos todos devolvidos à agua.
Por volta das 3 da tarde começou a subir a intensidade dos toques, primeiro foi uma safia,  a qual desta vez fotografei para por nas espécies capturadas, depois um ou outro besugo, uns mais pequenos que também foram devolvidos e depois veio uma grande luta, mais uma que fiquei na duvida do que seria, era um belo de um safio.
Estes bichos não são fáceis de por no xalavar, ainda por cima sozinho, mas a minha caninha nova e o carreto estiveram novamente ao nível, aguentou-se com o bicho a dar grandes solavancos e uns minutos depois lá o cansei até o conseguir trazer para dentro do xalavar.
O primeiro safio que apanhei e devolvi à agua foi à sardinha, mas este foi à lula e hoje foi a lula a reinar o dia.
A sardinha fez certamente o pesqueiro, enquanto durou, mas foi com a lula que apanhei os exemplares de maior porte.
Depois já por volta das quatro da tarde vieram aquelas cabeçadas típicas de algo maior, era uma dourada, que prazer que dá apanhar um bicho destes, a luta e as cabeçadas são algo único neste tipo de exemplar, já à algum tempo que não sentia aquelas cabeçadas constantes, que prazer imenso, que sensação, sentir a cana e o carreto a trabalhar este animal. Não era grande, mas as cabeçadas são algo mesmo único nesta espécie.
Senti-me feliz, pois mais uma vez, foi um dia que procurei bastante, andei muitas milhas a sondar e é sempre bom quando vemos este tipo de resultados estive ali a alimentar os peixinhos durante três horas mas depois tive uma hora à Benfica, com os poucos peixes que apanhei.
Mas tinham me trocado as voltas, penso que tenha sido da temperatura da agua, é assim a pesca, pouco ou nada sei , mas muito quero aprender e só assim testando, experimentando, é que tiro conclusões.
Foi mais uma pescaria, não foi farta, mas sinto-me bem por ter conseguido mais uma vez procurar e dar com alguns deles, no fundo fazer algo que tanto gosto, pescar.
Quatro da tarde, está na hora de arrancar, ainda tenho de ir buscar a minha mulher a Tróia, quem sabe se tivesse mais tempo e mais sardinha o que poderia acontecer.







E foi assim que acabei o dia, outros virão certamente, está a chegar os meses do choco e eu gosto tanto de choquinhos grelhados, até á proxima.