segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Caça Sub. Açores - 2º video / Pataniscas de Peixe Porco


Boas,
Hoje resolvi colocar o 2º vídeo dos Açores e uma receita culinária.
Já tinha colocado esta receita no fórum Porto de Abrigo e achei que devia coloca-la aqui também.
Então vamos começar pelo vídeo, desta vez com banda sonora nacional.
 

E agora uma receita de Pataniscas.
Resolvi experimentar fazer pataniscas de peixe porco e desde ai que não quero outra coisa.
Então escalamos o peixe porco, deixando a parte da carne coberta de sal de um dia para o outro.
Para quem está habituado a tirar só os filetes, serve na mesma, salgando bem de ambos os lados do peixe.
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Esta imagem já é do dia seguinte, mas ainda se vê algum sal neles.
Os Ingredientes, iremos precisar de:

4 Ovos
1 Cebola grande
350 gr farinha
400 gramas de peixe porco
300ml agua, se possível da cozedura do peixe porco.
1 molho salsa
sal qb
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Então vamos à receita.
Limpa-se o sal do peixe porco, leva-se ao lume e da-se uma cozedura.
Eu costumo deixar 3 a 5 minutos após a agua começar a ferver.
Corta-se a cebola e a salsa bem picadinha e reserva-se à parte.
Num recipiente junta-se os ovos com a farinha,sal qb e os 300 ml de agua da fervura do peixe porco. Se possível escoar pois ele larga escama.
Bate-se bem, de preferência com batedeira.
Após a pasta estar homogénea, juntamos a cebola com a salsa e o peixe porco já arranjado desfiado.
Mistura-se tudo bem novamente com a batedeira.

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Depois fritar em óleo bem quente.
 
 

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São óptimas para levar à pesca.
Bom apetite.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mais um para as Especies Capturadas

Boas,
O tempo tem andado estranho.
O nevoeiro esteve presente nos três dias seguintes à minha ultima pescaria.
Pescarias combinadas que não se realizaram.
É assim o tempo, incerto como a pesca, uns dias bom, outros nem por isso.
Ontem, para mim, foi mais um dia bom.
Começamos a pesca ao choco aqui no Sado por volta das 9:00, eu o Ricardo Alentini e o Gonçalo.
O Sado estava cheio de embarcações à pesca dos ditos, a maré estava a encher e iniciei a deriva no canal norte, ali ao pé da doca dos pescadores.
Palhaços para baixo e desta vez optei pelo roxo, o Gonçalo um rosa e o Ricardo um vermelho e depois um azul.
A coisa estava fraca, nem picava e todos os pescadores que iniciavam nova deriva diziam isso.
Ainda houve um que me disse que estava a dar raias, ali mais para o meio do Sado ao pé do cabeço.
Ui raias, lembrei-me logo da ultima pescaria em que apanhei duas meninas dessas.
Bem no canal norte a coisa estava fraca como referi e resolvi testar o canal sul, local onde estavam a maioria das embarcações.
Na viagem para o canal sul,  reparei que a boia João Farto, que falei aqui à uns posts atrás já foi virada ao contrario, estando assim neste momento no seu estado normal.
Eu já tinha apanhado dois chocos no canal norte, o Ricardo também e o Gonçalo, que se está a iniciar nestas lides da pesca ao choco, estava com o peso da grade em cima.
Lá fomos para o canal a sul e iniciamos a deriva, pouco depois o Ricardo trouxe um polvo para cima ainda dentro de um alcatruz solto.
 
De repente parecia uma regata só se ouvia dizer vamos para a bóia, aquilo era ver a maioria das embarcações a zarpar para a dita boia.
Tenho pena de não ter a maquina fotográfica para filmar aquilo, cada vez penso mais em adquiri-la, mas a ver vamos.
Eu fiquei onde estava, a observar aquele alarido todo e a pensar, mas o que é isto, está tudo doido. Será que só ali ao pé da bóia é que havia choco.  
Bem fiquei ainda a fazer a deriva por ali e depois naveguei novamente para lá da bóia João Farto.
Vai de começar nova deriva, mas chocos nada.
Ficamos ali no Sado até às 11:30/12:00.
Capturas, seis chocos e um polvo. Sendo o Ricardo o felizardo do dia a apanhar o polvo e quatro chocos.
Fui levar o Ricardo às escadas ali ao pé da lota, pois só podia fazer pesca de manha, já tinha coisas combinadas para a tarde.
E lá segui com o Gonçalo para outra pescaria ao fundo.
Estava indeciso em relação ao local de pesca, queria ter ido testar algo novo ali mais perto da arrabida, mas acabei por ir la fora da barra pescar aos 53 metros, em outro ponto que teria apontado por volta dos 40 metros, mas a batimétrica estava tão próximo da dos 50 metros, que quando parei a embarcação já estava nos 56 metros.
As batimetricas são linhas  traçadas nas cartas, que unem pontos de igual profundidade.
Não tinha muito isco, tinha uns cinco camarões, uma lula, 3 sardinhas que mais pareciam carapaus grandes e quase um quilo de petinga., tudo restos, que foram congelados ainda da ultima pescaria.
E lá fomos nós, a ondulação estava presente, dificultando a navegação, velocidade mais baixa para a embarcação não bater após o passar da onda que provinha de oeste.
Resolvi agarrar-me a uma bóia dos covos, pois a maré estava a iniciar a vazante, e por norma não tenho tanto sucesso em termos de capturas. Prefiro as duas ultimas horas da vazante e as primeiras da enchente.
Também face às previsões de mar alto, se o vento levanta, sairia dali mais rapidamente sem ter que estar a levantar o ferro.
Estava a pescar ali nos 52 metros de profundidade.
Uma e meia da tarde, vai de largar iscas para baixo, sardinha para variar, senti só e unicamente um toque.
Iniciei a pesca com as montagens habituais, a corrente lá em baixo não era forte.
iniciei com uma chumbada de 185 gramas que rapidamente substitui por uma de 160 gramas e com a qual me mantive até ao final da pesca, quatro da tarde.
Após umas cinco ou seis idas lá abaixo de iscadas de sardinha, a coisa já estava a dar mais frutos, não em capturas, mas em roubo de iscas.
Cheguei a um ponto que já me chateava iscar e não sentir nada. Mas a isca desaparecia toda.
Comecei a pensar, mudanças eram precisas.
Mudar de local não me parecia,  pois com o mar assim e o tempo limitado não valia a pena.
Como o mar estava com uma ondulação constante e acima do normal, as previsões eram de 3.0/3.5 metros, mas o vento calmo até as 15:00, pensei em encurtar o chicote do mono-filamento, pois até a ponteira da cana eu meti mais fina e sensível e como a ondulação era constante, não sentia quase nada dos toques, embora tente acompanhar com a cana o balançar da ondulação.
Foi isso que fiz, tinha cerca de 22 metros de mono no chicote, o que era demasiado, mas não quis estragar o resto de mono que tinha aqui e meti-o todo no carreto.
Então vai de retirar cerca de 15 metros de mono.
E de facto a coisa resultou, os toques já eram mais perceptíveis e iniciei então a minha pesca, sim, porque o amigo Gonçalo, resolveu descansar a meio e até a ressonar eu o ouvi, sentado no banco da embarcação encostado ao través de bombordo.
Estava cansado certamente, pois a ansiedade de ir era muita.
Uma foto teria sido muito bem tirada, mas o telemóvel tinha pouca bateria e não a queria gastar face ao estado do mar não fosse ser necessário. 
E foi assim, insistindo e vendo o que estava mal, que consegui dar a volta à situação.
Mais uma vez, achei que todas as variáveis que tenho falado e que vou voltar a referir por ordem, fizeram a diferença.

As iscadas:
É importante retirar as escamas da sardinha. Basta uma escama na frente do bico do anzol para não conseguirmos ferrar um peixe.
O tamanho da isca e forma como se coloca no anzol, pois nem sempre a sardinha é uma isca fácil de por no anzol.
A paragem da linha durante a descida, para minimizar o seio provocado pela corrente.
Após os toques lá em baixo e levantar da cana, perceber se temos isca face ao peso ou não.
A variação de iscas e a forma como a isca se apresenta após ser levantada do fundo. Ruída, esmigalhada, rasgada, tudo isto são factores importantes para ter noção do que anda lá por baixo e como deveremos lançar a próxima iscada.
Devemos variar e testar ao máximo as várias situações de pesca, só assim, sendo persistentes e pacientes poderemos ter algo, nem que seja um pouco de experiência para a próxima pescaria.
Certamente que algumas das coisas que referi acima, não se conseguem nas primeiras pescarias. Mas se as tivermos em consideração em todas as pescarias que fazemos, certamente que se tornam mais fáceis.
Quero aqui realçar que estas e outras dicas foram-me transmitidas teoricamente por muitas pessoas, em especial ao pessoal do Porto de Abrigo, a quem desde já agradeço a disponibilidade e compreensão.
O meu obrigado a todos vós, em especial ao Ernesto Lima,  ao Nuno Paulino e o Vira, que são os que ainda vou vendo e mantenho algumas conversas.
Quero que saibam que na pesca, me considero humilde, só tenho a aprender e pesco como se nada soubesse.
É esse o meu espírito quando vou à pesca.
Ultimamente, já não pesco para apanhar muito, mas para aprender mais.
Assim, venho sempre satisfeito, porque quando não apanho peixe, alguma coisa tiro do mar. Experiência, nem que seja a navegar, eu pelo menos é assim que penso.
Voltando à pesca.
O primeiro a entrar foi um choco, aos 52 metros, um choco e ao fundo, preso no anzol de baixo, isto acontece-me com cada uma.
O segundo foi um besugo, tendo o Gonçalo ainda em acção de pesca dito que já tinhamos o pesqueiro feito.
Mas a meu ver, era cedo para lançar os foguetes.
Os toques começaram a ser mais perceptíveis para mim, devido a ter encurtado o chicote.
E para minha estranheza começaram a subir as sardas.
A estranheza deve-se ao facto de me terem dito que nesta altura as sardas e cavalas vão mais para fora, masi fundo, devido às temperaturas das aguas mais baixas.
O que de facto tem acontecido, nas ultimas pescarias só apanhei uma ou duas sardas.
Mas a coisa estava demais, nas subidas sem isca iam aos anzóis, cheguei a apanhar duas ao mesmo tempo já sem isca e a poucos metros da embarcação a vê-las a vir atrás dos anzóis ou chumbada não sei, mas não tinham isca.
Depois nas paragens do fio, aquando a descida das iscadas, ai eram quase imediatas, até parei um pouco a pesca, para comer algo e beber um chá quente. Já que o amigo Alentini não estava connosco e não havia o belo do tinto que costuma trazer para as jornadas de pesca ao fundo.
Ultimamente é algo que faço, levar um termo com chá quente, sabe tão bem depois de navegar ao fresquinho umas quantas milhas.
Comi, bebi, e fumei um cigarro, tendo voltado à acção de pesca passado uns 20 minutos.
O Gonçalo já estava a descansar nesta altura, foi aqui que o ouvi ressonar, troquei os estralhos que já estavam um pouco enrolados devido às cavalas e vai de iniciar a pesca novamente.
Comecei com sardinha em baixo e lula em cima um toque maior e as cabeçadas constantes era um choupa já razoável, foi à lula.
Nova iscada de lula desta vez em cima e em baixo, e as choupas começaram a aparecer, foram quinze minutos com as choupas, as mais pequenas foram devolvidas ao mar.
Depois veio o polvo, eu já estava a pensar que podia ser uma das minhas amigas raias, mas não, era um polvo. A recuperação da linha e a luta destas duas espécies é muito semelhante, fazem um peso constante, fora do normal, mas cabeçadas nada.
Depois disso, começaram novamente as cavalas, até me aparecer uma luta diferente, era um carapau e um sarrajão, mais uma espécie nova para as Espécies Capturadas.
Deixo aqui umas fotos do mesmo.
 

Dentro de agua, parece um torpedo, com aquela crista levantada, uma luta semelhante ao carapau e à cavala, mas mais intensa.
Reparem bem nos dentinhos do menino.
Mais um dia especial para mim, devido à captura desta nova espécie.
Perguntei lá no Fórum do Porto de Abrigo, que espécie era, pois não a conhecia.
Da ultima vez pensei que tinha apanhado um tamboril e na realidade era um charroco.
Perto das 16:00, acabei a pesca, o mar começou a subir e o vento não se ficou atrás.
A navegação de regresso, foi feita com muita precaução até chegar à entrada da barra.
O Sado, estava uma maravilha para navegar em contraste com o mar que se fazia sentir lá fora.
É engraçado este Sado, por vezes lá fora o mar esta calmo e o Sado todo desordenado com ondulação daqui e dali e correntes da mesma forma. Outras vezes, estão ambos calmos lá fora e aqui dentro e outras mar alto lá fora e Sado, manso como um lago.
É sem duvida um rio que respeito, o maior susto que apanhei foi aqui, neste Sado, quando apanhei com uma pequena onda no través de bombordo que contrariou as restantes de proa, o que me fez andar uns metros de lado com o meu amigo Gonçalo. Isto ainda na antiga embarcação, O Foguete.
Este rio, grandes correntes, onde as ondas se cruzam quando o tempo esta mais ventoso e as marés mais vivas.
E foi assim que acabei o meu dia,  foram 3 horas de pesca ao fundo, para aproveitar os 3 dias atrás, em que não fui devido ao nevoeiro.
Aqui ficam umas fotos da pescaria e da minha nova espécie capturada.

Até à próxima.








quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Mais duas especies novas



Pois é verdade não uma, mas duas espécies novas
Há dias assim, que nos trazem um gosto especial.
O dia 12-01-2011, foi para mim um desses dias.
Fui pescar com o meu tio Jaime Beato.
O dia iniciou-se assim, como vêm na foto acima, às 7:00 da manha.
Iscas prontas, sardinha, lula, ameijoa, petinga e camarão.
Material verificado, montagens feitas.
7:45 já estava o meu tio a dizer que tinha chegado.
8:30 já estávamos dentro de agua.
Iniciamos a pesca logo ali, a poucos metros da rampa da Mitrena.
A vazante permitia o aproveitamento da deriva para a pesca ao choco.
Já estavam lá algumas embarcações, à pesca dos ditos.
O Sado parecia um lago,  as correntes fortes do inicio da baixa-mar, faziam correr bem a chumbada no fundo.
Estava assim, como vos mostro nas fotos abaixo, um lago, com o tom de agua, assim para o verde escuro cheio de matéria orgânica, algas e vegetais.

O palhaço do dia, o azul, para não variar, nas ultimas idas ao choco, com a agua assim nestes tons mais escuros, tem dado capturas, por isso continuei com ele.
E mais uma vez não me deixou ficar mal, mas foi a sua ultima pescaria.
Coitado, muito aguentou ele, até já tinha de estar sempre a por os paninhos da barriga para dentro, estavam sempre a soltar-se. Também por 1€, muito ele aguentou, na luta, lá em baixo quer nas minhas mãos, quer nas mãos do Ricardo Alentini, que também pescou com ele na primeira pescaria ao choco que fizemos este ano.
Achei por bem fazer-lhe uma dedicação, ao palhaço azul, que deu mais de 30 capturas este ano.
Já tem um irmão gémeo, pronto a ocupar o seu lugar.
O meu tio, fabricou um palhaço branco e estava em pulgas para o testar.
A coisa correu bem para o meu lado, até ao momento em que ficamos os dois sem palhaços ao mesmo tempo. Prendeu, possivelmente em alguma rede ou cabo, que estão espalhados por ali.
Bem, resultado final 10 a 2. O azul bateu o branco.
12 chocos no balde e lá vamos nós lá para fora à pesca ao fundo.
Tinha estado por aqui a ver os mapas de pesca, e já andava para ir lá fora, a uma pedra grande que ficava ali perto dos 70 metros de profundidade.
Nesta altura, aconselham-me a ir lá mais fora, porque as aguas estão mais frias e supostamente o peixe está menos perto da costa.
E assim fiz, fui novamente à procura.
Desta vez num fundo novo, de lama.
Andei lá a rondar a pedra, sondei ali um pouco à volta dela, mas marcações na sonda nem vê-las.
Nada por onde passei, pelo menos que visse na sonda.
Resolvi vir mais para dentro, sempre a sondar devagar. Até que vi uma marcação na sonda, o melhor que já tinhamos visto hoje, uns verdes e um pouco de amarelo ali pelos 56 metros.
Resolvemos ficar por ali. Já eram já cerca da uma e meia da tarde, quando começamos a pesca no novo
local.

Linha: multi-filamento 0.25, chicote 15/20m mono-filamento 0.40
Montagens Fluorcarbono:  Madre 0.50 +/- 2 m, Estralhos 0.35 e 0.40 +/- 60/80 cm.
Anzois 1/0 e 2/0, chumbada 175 gr.

Vai de começar a iscar sardinha, grandes iscadas para tentar iniciar o festim, parando a linha duas a três vezes pelo meio, isto para diminuir o seio da linha, face à corrente sentida no local e à sua profundidade.
Novamente dicas do mestre Ernesto, que fazem todo o sentido, e os resultados sente-se na linha e na ferragem.
Picadas matreiras, muito suaves, iscas para cima e pequenas mordidas na sardinha. Peixe pequeno penso eu.
Vai de substituir iscas, novamente sardinha, para variar, que eu ultimamente nem toco no camarão pois a boga é muita a vir ao camarão, é sem duvida a isca que elas mais gostam, o meu tio que o diga.
Segunda iscada, sardinha em baixo, lula em cima.
Levei lula pela primeira vez, após conversa com o mestre Ernesto Lima, resolvi tentar também a lula.
É uma isca mais resistente que a sardinha e quando eles andam a comer assim, pensando eu que eram os pequeninos lá em baixo, a lula resiste mais no anzol.
Bem, novos toques um pouco mais sentidos mas nada de especial.
Vai de subir iscas a sardinha não estava lá e a lula estava desfeita.
Terceira iscada, duas belas postas de sardinha, que quase que não cabiam nos anzóis, sardinha grande esta que levei, comprei-a congelada no pingo doce.
Novamente, duas a três paragens de saída de fio do carreto, para a chumbada fazer força e o seio ser menor. 
Assim que a chumbada caiu lá em baixo, ainda enrolei um pouco de fio. O suficiente para que quando colocasse a cana na horizontal a chumbada tocasse no fundo e fique prontinha para a ferradela.
Estas pequenas coisas, ou estes pequenos pormenores, como lhe quiserem chamar, fazem certamente alguma diferença na acção de pesca. Sinto que isto é uma constante evolução. Vou conjugando todas estas pequenas variaveis e apercebo-me que não pesco como pescava aqui à um ano. Estou mais atento a outros pormenores que não estava na altura. Também porque a pratica faz melhorar algo que não faziamos tão bem no passado, deixando assim mais atenção para variáveis novas que não pensava e fazia anteriormente.
É assim a pesca, uma evolução que depende sempre de muitos factores, mas cabe-nos a nós praticar e reduzi-los ao máximo, porque alguns são mesmo uma questão de pratica, com por exemplo iscar bem, ver o tamanho das iscas em relação ao anzol, a meu ver é uma questão de pratica, é outro pormenor que ultimamente dou muito mais importância. Outro, levantar a chumbada e saber se esta lá a isca ou não, pelo peso da mesma.
Algo que certamente será mais difícil de fazer com bocadinhos de camarão.
Ai a sardinha, se eu não fosse teimoso......
No fundo, são pequenas coisas que não fazia aqui à um ano e que faço agora, bem como aquelas que referi acima, o tamanho da isca em relação ao anzol e estralho e a paragem da linha, para reduzir o seio.
Quatro pequenos pormenores, que juntos, certamente melhoram a acção de pesca.
Bem, voltando aonde estava, terceira iscada sardinha no anzol de cima e de baixo, e cana prontinha a ferrar.
Primeiro toque médio, espero pelo segundo e ferro alto.
Levei dois bons esticanços, após a ferragem, e a embraiagem do carreto começou a funcionar, pensei que poderia ser uma dourada, ou um dos pargos de Sines, daqueles maiores que 1 kg. Mas não, após o levar da linha inicial, só sentia o peso e cabeçadas nada.
Que coisa, o que é isto será um polvo. Outro pormenor interessante que me lembrei agora, sinto que depois de alguma pratica da pesca embarcada, já consigo destingir a luta de alguns peixes antes de eles chegarem cá acima.
Mas esta foi uma que fiquei na duvida do que seria. Mas era bicho, pelo peso que fazia, pensei que fosse um polvo já grandinho, mas não, era a minha primeira Raia.
E eu que já tinha estado a chorar, como costuma fazer o meu tio quando vai comigo à pesca.
Diz que chora para pedir que venha peixe.
Não chora no verdadeiro sentido da palavra. Dizemos chorar, como um termo utilizado para falar com o Neptuno, pedindo que venha algum peixe bom.
Tinha dito ao meu tio que hoje gostaria de apanhar uma espécie diferente para poder actualizar o Blog.
Chorar no fundo, isto porque sabia que o outro fundo, o novo fundo de lama, poderia dar azo a espécies novas.
E assim foi, a primeira Raia, que vos passo a mostrar.


Estava feliz, já nada poderia estragar o meu dia de pesca, já tinha o meu pedido tratado e o sorriso não saia da minha face.
Eu até tive medo de agarrar no bicho. Foi de alicate que o tirei do xalavar, alias nota-se mesmo na raia, aquela marca do alicate mesmo no bico da frente lado esquerdo.
Esta tem mais de três kg. Foi mais um troféu para mim, que sou tenrinho na matéria da pesca.
Mas a coisa não ficou por aqui, pouco depois, veio a segunda espécie nova, em termos de capturas.
Bem a minha felicidade interior estava ao rubro, então não é que veio um ser do outro mundo no meu anzol de baixo.
Mais uma vez, tinha levado um daqueles bocados XL de sardinha no anzol 2/0 de baixo.
 

Um verdadeiro alien do mar este menino chamado Charroco.
Mais um para as novas capturas.
Não tem medida mínima de captura, pelo menos que eu saiba.
E hoje, após ver informação do mesmo na Internet, muito embora, como referi, não tenha medida mínima de captura, mas teria soltado o bicho. É que vi que nem atingiu a sua maturidade sexual. O coitado é virgem certamente e segundo o que li é pequeno.
O Neptuno estava lá, a satisfazer os meus pedidos, isto sempre no traves de estibordo da embarcação, ali mesmo ao lado da transmissão, local onde pesco habitualmente.
Posso vos dizer que até hoje, fora de agua,  foi o peixe mais resistente que já vi.
Já passaram cerca de 10 horas que está a seco e ainda está vivo.
Foi assim para o frigorífico, não queria mata-lo, amanha trato dele, para fazer um arroz para dois. 
E a coisa continuou, uma sarda grande, um besugo, que penso que foi o maior que apanhei até hoje e um pouco depois nova cabeçada dupla e a luta em tudo semelhante à anterior mas desta vez um pouco mais pesado.
E não é que veio a segunda.



Ui nem vos digo, o meu ego estava ao máximo neste momento.
O meu tio até começou a pescar para o meu lado, dizendo que o peixe estava todo ali.
Continuei a minha luta e uma choupa e outro besugo, desta vez já com lula no anzol de cima.
Quatro e meia da tarde hora de abalar.





Partida por volta das quatro e meia, tendo o mar caído por completo,como podem ver nas fotos acima,  excelente para a navegação de regresso.
Aqui fica a nossa pescaria, um dia bem passado, sendo que para mim, alem do dia bem passado, foi um óptimo dia de pesca.
Ao meu tio, tenho a dizer:
Tio o que interessa é estarmos lá, independente de apanhar peixe ou não.
De preferência que apanhemos peixe, mas ontem, não foi o teu dia.
Outros certamente virão para nos trazer mais alegrias e para te poderes vingar deles.


E assim me despeço, que já passa da uma e meia da manha, mas queria deixar isto pronto hoje, enquanto está fresco na mente.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Caça Submarina nos Açores - Video

Boas,
Hoje resolvi dedicar uma pagina aos vídeos, então editei um e escolhi outro do YouTube.
Como devem calcular, um deles, é assunto sério, trata-se de uma mensagem da Sra. Ministra da Educação.
E o que tem este assunto a ver com a pesca? Nada, mas apeteceu-me uma vez que o tema era um vídeo, porque não mais um.
Passando então aos assuntos menos sérios, ou não. 
O amigo Ricardo Matzinger, arranjou-me mais uns vídeos dos Açores.
Assim, resolvi fazer uma edição para criar o 2º vídeo do Pesca Aqui.
Mais uma vez, obrigado Ricardo.
Como devem calcular não é fácil filmar e caçar ao mesmo tempo, mas estás lá Ricardo.
Desejo que possas dar continuação a essas caçadas e que faças muitas filmagens, nesse imenso mar azul dos Açores.
Ainda falta editar mais umas quantas filmagens e capturas, mas ficam para fazer o 3º vídeo do blog e o 2º dos Açores.

O Ricardo, foi mais um a render-se à cana, face às limitações da caça submarina, aqui na zona de Setúbal.
Já está minimamente artilhado em material para a embarcada, agora só resta por a coisa em pratica.
E que possas filmar alguns dos nossos momentos na embarcada. De preferência com umas capturas.
Seguimos então para o vídeo, espero que gostem.


Agora, vou deixar o outro vídeo, este não é da minha autoria e eu até nem sou pessoa de ligar à politica, mas achei esta mensagem demasiada importante para não a ver-mos.
Desejo um bom ano a todos, boas canas, de preferência cheio destes momentos de humor.
Para os mais susceptíveis, não aconselho a visualização.



terça-feira, 4 de janeiro de 2011

As Primeiras de 2011 / Parabens Pequenina

Boas,
Que bem que me sinto, após dois dias de pesca.
Já não ia lá para dentro, à mais de um mês. A vontade e a ansiedade, estavam mesmo no pico.
Primeiro dia 02-01-2011, pescaria decidida à ultima hora, com o Ricardo Alentini.
Como já referi anteriormente, estas coisas decididas à ultima hora, dão sempre azo a esquecimentos.
Já vos explico porque.
Como o tempo tem andado incerto, resolvi ir vendo o windguru, por esse motivo é que a pescaria foi combinada à ultima hora.
Também estamos em tempos de festas e pelo menos eu, tenho de recuperar de tanto comer nestes últimos dias, metendo de lado um pouco da pesca em si.
Neste dia, foi o nevoeiro o prato do dia, foi desde as sete da manha até às três e meia da tarde nevoeiro cerrado aqui no Sado.
Nem me atrevi a ir lá para fora. O mar estava calmo, mas não me atrevi, porque me esqueci do GPS.
Lá está, coisas não reverificadas dão azo a isto.
Ia jurar que o tinha metido na mala, mas era uma caixa de óculos de sol, que meti na mala em vez do GPS portátil.
Ai a ansiedade. O que faz ter tanta vontade de ir pescar. A vontade é tanta que nem verificamos as coisas com cabeça tronco e membros.
Outra coisa que me esqueci de verificar a isca. Tinha 4 Kg de sardinha congelada, em 3 sacos diferentes mas todos metidos dentro de outro saco, mas estavam tão agarrados com o gelo que tive de levar tudo.
O objectivo era tentar fazer de tudo um pouco aqui no Sado. Iniciar o corrico, ir aos chocos e depois talvez  um pouco de pesca ao fundo. Só para matar o vicio. Ir lá para fora, não fez parte dos nossos planos.
Entramos na agua por volta das nove da manha, o Sereno(nevoeiro), como dizem nos Açores, estava bem presente.
Vai de ligar luzes e reflector de radar, a visibilidade era cerca 50/100 metros.
Cana montada, Multi-filamento 0,25, chicote mono 0.40 com 15 metros de comprimento, depois o nó de união com o fluorcarbono com cerca de dois metros 0.50 , faziam o travamento da chumbada com um destrocedor de correr. Carreto de sppining tica 4500 GT, com a embraiagem bem aberta, o sufciente para que não deixasse sair linha após o andamento da embarcação. Uma chumbada a correr com 100 gramas e um vinil azul da quantum.
Vai de começar o corrico, o meu primeiro, pois a maré estava a encher e para irmos ao choco, precisávamos de ir para a entrada da barra para iniciar a deriva, esse trajecto, contra a corrente, era bom para fazer o  corrico.
Assim, aproveitava para imprimir uma velocidade mais baixa à embarcação cerca de três nós, que é bom para o motor aquecer e alem disso, era a velocidade indicada face ao nevoeiro e ao tipo de pesca pretendido.
Dei cerca de 60/70 metros de fio e vamos embora.
O Ricardo, após me ver por o vinil na agua, perguntou-me se podia montar uma cana com uma amostra, é que tinha trazido umas quantas da Rapala e queria experimentar. Disse-lhe que sim, desde que fosse com uma amostra de superfície, isto para não haver embaraços entre os fios, pescando eu mais fundo e ele mais à superfície.
Conselhos que vi e ouvi por ai e que fazem sentido, pois quando viramos a embarcação, à mais tendência para o enrolar dos fios. Caso vão os dois à superfície e à mesma distancia ou mais fundo e à mesma distancia. O indicado para mim, uma vez que a  minha embarcação tem 1,82 m de boca e face à distancia curta entre os porta-canas quando trabalho com duas canas, " nem com uma sei trabalhar, quanto mais com duas" mas, quando se trabalha com duas o que vi e que devem trabalhar a distancias e alturas diferentes.
Então, vai de montar mais uma cana e meter uma amostra de superfície.
A coisa correu bem, quer dizer, podia ter corrido melhor se tivesse apanhado algo e pior se os fios se tivessem embaraçado.
Também não estava à espera de apanhar algo logo na primeira viagem da rampa da Mitrena, até à entrada da doca das Fontainhas. No fundo, tudo tem de ter um começo e certamente só praticando poderei tirar algumas conclusões.
Então chegamos ali perto da Doca das Fontainhas, sempre navegando perto da margem, para não ficarmos sem saber onde estávamos, pois o nevoeiro foi ficando cada vez mais denso.
Iniciamos a pesca dos chocos e a coisa não correu mal, pelo menos para o Ricardo, ele estava com um palhaço azul, e eu com um roxo. Ele já tinha apanhado 4 chocos e eu 0.
Entretanto lá me rendi às cores e meti um azul também, é algo que certamente só com o tempo poderemos associar, as cores dos palhaços em relação ao tom de agua.
Quando vamos ao choco normalmente pescamos com palhaços de cores diferentes, isto para ver os resultados e assim podermos tirar conclusões.
Lá se safou o dia com algumas capturas de chocos sendo o azul a cor que ganhou neste dia, ainda testei um rosa e um multi-cores, sendo que este ultimo também apanhou 1.
Era uma da tarde eu tinha 4 o Ricardo uns 8/9, um deles acima de meio Kg certamente. Não tenho fotos pois o nevoeiro era tanto, que o telemóvel não tirava foto nenhuma de jeito e a bateria era pouca.
Acabamos a pesca ao choco, por volta da uma e meia da tarde e o nevoeiro estava cada vez mais denso, tão denso, ao ponto de estar no meio do rio Sado e não saber para que lado estava a margem mais próxima.
Depois, lá vi o través do ferry-boat,  a uns 100 metros da minha proa, estava a ir para Tróia, foi então que resolvi segui-lo e pescar um pouco depois do cais do ferry.
Entretanto o Ricardo Alentini, com a sua cana com a amostra, quase que apanhou uma Baila pequena, mas a mesma fugiu, possivelmente mal ferrada, pois fugiu a um metro da embarcação. 
Ia-mos brincar um pouco com os alcorrazes, eu bem oiço dizer que aqui dentro, ao pé da Comporta se tiram douradas pequenas, acima de palmo,  mas não sei onde fica, nem nunca fui para aqueles lados.
Talvez seja algo a explorar, lá ao pé da Ponta de Pêra, local que já me foi recomendado e que já marquei no GPS, mas o GPS não estava comigo e o Nevoeiro estava demais, não havia meio de levantar.
O nevoeiro só levantou por volta das três e meia apanhei uns alcorrazes, os maiores que isto são bichos bem pequenos, os outros iam para dentro de agua.
Só queria fazer uma fritada, trouxe uns seis.
Depois, já com uma boa visibilidade, sai dali e vim para  Margem norte, voltamos ao cocho, desta vez com a vazante já a correr, fizemos a deriva da Lisnave até a rampa da Mitrena onde acabamos o dia.
O telemóvel ficou sem bateria e não tenho nenhuma foto deste dia, o qual me fez sentir bem, pelo dia bem passado e por saber que iria voltar lá no dia seguinte, esperando que o nevoeiro se fosse embora.



E chegou bem rápido o dia de ontem 03-01-2011.
Deitei-me cerca da uma da manha, desta vez com tudo reverificado para não haver esquecimentos para a manha que já estava a caminho. O windguru dizia que iria haver uma chuvinha das nove ate à uma da tarde, mas era coisa pouca, a vontade de lá ir derrubava a chuva. Desta vez com o meu Tio Jaime.
Sete da manha, venho ao terraço, o sol já havia nascido. Nevoeiro nada. As nuvens negras estavam um pouco acima da Serra da Arrábida. No lado contrario, a Este ou Leste, como me ensinaram na escola náutica, estavam uns poucos raios de sol, que saiam por entre as nuvens mais brancas.
Segundo o que me ensinaram também se diz Leste, para que aquando em navegação, não se confundir foneticamente, Este com Oeste, porque muitas vezes no mar com o vento forte confunde-se os pontos Oeste com Este em determinadas ordens dadas, em especial na competição à vela, o que pode trazer erros de navegação.
Passando à pesca então, entramos perto das nove da manha, na Mitrena.
A maré estava a encher e lá fomos nós ao choco, não sem a caminho, conforme havia feito no dia anterior, fazer um corrico.
Desta vez com uma amostra afundante.
O meu tio, também quis montar uma amostra de vinil parecida com a red gill, mas a coisa não correu bem, a determinada altura a minha amostra não entrava dentro de agua, estava sempre à superfície a cerca de 90 metros da embarcação víamos a amostra aos saltos. Ainda pensei que fosse da velocidade, mas o efeito supostamente é o inverso quando mais  velocidade imprimimos, mais a amostra afunda. Isto porque estava a utilizar uma amostra afundante.
Os fios tinham se cruzado, fazendo com que a amostra viesse sempre à superfície.
Vai de recolher fio e iniciar a pesca ao choco.
Ficamos uma hora, mais coisa menos coisa aqui dentro do Sado, estavam uns quantos barcos lá mais atrás mas resolvi começar a  deriva mais à  frente, perto da Bóia de sinalização de perigo a Este, que está virada ao contrario desde o ano passado.
Bóia, que boia é esta?
É uma marca cardeal Oeste. Indica que as águas profundas se situam a Oeste e o perigo a Este.

A bóia da foto chama-se João Farto, e encontra-se no Sado a fazer a separação do tráfego de grandes navios entre os canais norte e o sul e impedir que encalhem nos baixios situados a Este.
Não entendo é o porque, de à mais de um ano, que está virada ao contrario.
Isto de facto à que ser verdadeiro, a cidade de Setúbal, está muito mal aproveitada em termos de náutica de recreio. Não temos uma marina de jeito e lugar para barcos só mesmo em casa.
Algo que não entendo e que me faz grande confusão, com um litoral destes e tanto espaço para fazer uma marina. Mas passando à frente, vou falar da pesca em si.

Iniciamos a deriva, a agua estava com um tom diferente, mais esverdeado e com menos alga. No entanto, resolvi apostar novamente no palhaço azul, que tanto sucesso teve no dia anterior.
O meu tio estava com um Laranja e depois tentou com outra cor que já não me lembro.
Mas os chocos não estavam para ai virados, os poucos pescadores que passavam por mim para iniciar a deriva, bem faziam cara feia e diziam que a coisa estava fraca.
Mesmo assim, ainda me safei com dois chocos e um polvo razoável, o meu tio levou a grade com ele.
Ainda parei ali um pouco à frente da marina de Tróia para mais uma pequena deriva, mas nada.
E lá seguimos nós para a pesca ao fundo, hoje iria testar algo diferente, algo mais perto que o habitual e mais fundo, pescamos aos 53 metros de profundidade.
Resolvi pensar que o peixe esta em todo o lado, e não ir a nenhum ponto especifico que tinha sido dado por amigos da pesca. É algo que tenho de fazer, explorar e sondar este imenso mar à minha volta e certamente o peixe não anda sempre no mesmo sitio.

E lá fomos nós, o dia estava para o nublado, mas o mar calmo, como se podem ver nas fotos abaixo, ao dobrar Tróia, as habituais ondas de Oeste,  provocadas pelos cabeços e a paisagem mais a Norte e a Este.

 


Novidades para mim,  foi o facto de voltar a pescar com mono-filamento, o meu carreto ainda está a arranjar e tive de pescar com o carreto que utilizava no Surf- Casting um Trabucco Xanthos DL Long Cast, com mono 0.35.

Posso vos dizer que em termos de ferragem o multi-filamento torna a coisa mais rápida. Já não me lembrava o que era pescar com mono, atrasando em muito, a meu ver, a ferragem, isto face à elasticidade do fio em relação ao multi-filamento em que a elasticidade é nula.
O ratio do carreto 4.3.1 e o facto da bobine ser bastante grande, faziam com que os 52 metros de profundidade não fossem penosos para o pulso, mas o peso do carreto é bem superior ao meu Auris.
Algo que também reparei nesta pescaria que faz diferença, o travamento do fio aquando a descida do mesmo, para o seio dentro de agua não ser tão grande e sentir melhor o peixe a comer a isca.
Sei que das vezes que me lembrei de o fazer, apanhei sempre Besugos ou quase sempre.
Foi o dia que apanhei mais besugos, na maioria todos XL, isca de sardinha a condizer, bem grande, era cada bocado de sardinha que até parecia que não tinha anzol para aquilo, nem os peixes tinham boca para o meter lá dentro, mas desapareciam num instante. Só tínhamos 1 kg de sardinha, meio Kg de camarão e umas ameijoas.
Tanto eu, como o meu tio, ficamos com a sensação que se temos mais e melhor sardinha, a coisa poderia ser diferente, pois foi uma pesca sempre com grande actividade, nas descidas de isca, roubo e subida novamente.
Depois já por volta das três horas da tarde e já sem sardinha lá apareceu uma cavala que fiz questão de escalar e fazer mais umas iscadas.
Ai está, a falta de sardinha, fez-me pensar na quantidade que estraguei no dia anterior e o facto de não conseguir arranjar sardinha em lado nenhum, quer congelada quer fresca.
O que safou a coisa foi o meu tio ter 1 Kg congelada, mas também verificamos, que a sardinha congelada do Lidl, não é grande espingarda, desfaz-se muito rapidamente depois de descongelada.
Um dia excelente, tendo o meu tio, realizado um desejo que já tinha à algum tempo, apanhar um polvo à cana.
Parabéns tio, espero que apanhes muitos mais.
Da pesca em si, só tirei uma fotografia engraçada, uma garoupinha que devia estar cheia de fome, até a chumbada do meu tio ela queria comer.


Aqui ficam umas fotos da pescaria. Polvos, Besugos, Choupas, Sardas, Carapaus e Chocos.



Aqui da viagem de regresso e dos pescadores.


Deixo aqui também os parabéns à minha pequenina, Sara Costa, que faz anos hoje 04-01-2011.
Espero que contes muitos a meu lado.
Não vou dizer a idade, porque não se diz a idade das senhoras.
Mas deixo aqui uma foto engraçada.