quarta-feira, 8 de junho de 2011

Domingo de Nevoeiro


Boas,
Domingo 05-06-2011, pescaria combinada com o amigo Alentini. 
Saímos da rampa perto das 7:30 da manha, o Sereno (Nevoeiro) como dizem os meus amigos nos Açores, estava em grande. No meio do Sado se não fosse o GPS e o reflector de radar seria difícil de andar por ali.
O objectivo era pescar só no período da manha, pois o windguru previa rajadas de 12 nós a partir das duas da tarde e acima dos 14 nós a partir das quatro da tarde.
Lá fui em direcção à marina de Troia e depois dali segui sempre encostado a terra até a zona do soltroia para a pesca ao choco como vem sendo habitual.
A agua estava limpa como ainda não tinha visto este ano, uma visibilidade fora do normal mesmo sem muita luz do sol em consequência do nevoeiro que se fazia sentir.
Os chocos eram apanhados a serem vistos no fundo e os poucos que apanhamos eram pequenos.
Este ano acho que tenho de dar razão a alguns comentários que tenho ouvido em relação à apanha de ovas dos chocos . É que nesta altura nos anos anteriores quer o numero quer o tamanho deles era bem superior, o que me faz pensar se não estão a aniquilar a reprodução dos chocos com a apanha das ovas que agora parece que virou moda.
No entanto foi bonito de ver aqueles fundos e outras espécies que andavam por ali, raias e alguns cardumes de peixes mais pequenos.
Pouco tempo depois apareceu um cardume de peixe porco que não nos deixavam os palhaços em paz, tornando difícil a captura dos chocos, ainda não me tinha acontecido isto. Estes peixes porcos atacam tudo o que se mexe dentro de agua.
Assim, resolvi meter um anzol com estralho de aço que tinha ali à mão preso a um pouco de linha sem chumbada e vai de apanhar alguns peixes porco. Um deles apanhei só com o xalavar, fazendo com que o mesmo viesse ao encontro da lula que tinha colocado no anzol e vinha tão obcecado pela isca que entrou logo para dentro do xalavar. Ainda apanhei 3 peixes porcos e depois o cardume desapareceu.
Já tenho peixe para fazer as minhas pataniscas.
Lá resolvemos seguir para a nossa pescaria à cana, uma vez que os chocos não queriam nada connosco.
Face as temperaturas da agua que tenho encontrado, cerca de 20 graus, resolvi pescar mais encostado a terra e deixar a zona onde tenho pescado nos últimos tempos descansar um pouco.
Sondei bastante ali na casa dos 30 metros e lá encontrei uma marcação interessante.
O fundear cada vez corre melhor, é sem duvida algo que requer pratica, mas o a vontade com que o faço neste momento é bem diferente do que fazia no passado.
Volto a referir que a melhor forma de o fazer é marcar o ponto no gps onde vimos a marcação de sonda, desligamos o motor da embarcação e verificamos a deriva, seguimos em rumo contrario à deriva e depois por norma ando cerca de 50 a 70 metros para a frente do ponto sempre seguindo o rumo contrario à deriva e largo o ferro. Depois se necessário dou mais uma quantas braças de cabo até ficar no ponto onde quero.  
Montagens habituais para mim, iscas sardinha e cavala apanhada na altura o Alentini pescou com anzóis mais pequenos e com camarão enquanto isca.
Também utilizamos lula, mas a sardinha estava a resultar tão bem que quase nem a usei.
Os toques fizeram-se sentir de imediato para o Alentini enquanto eu montava a minha cana, iniciamos a pesca com a captura de uns besugos, e o pesqueiro esteve sempre activo, muito carapau que andava na zona e o Alentini com os anzóis mais pequenos apanhava uns quantos.
Para mim com iscadas de sardinha e anzois maiores,  eram os safios que estavam na berra, foram cinco no total um perdido, dois devolvidos e dois capturados, depois iam entrando alguns besugos, umas choupas e o alentini apanhou algumas safias mas foram devolvidas face ao seu tamanho, já tinham medida mas é preferível que cresçam mais. Assim quem sabe se não nos podem dar outras alegrias no futuro, ou a outros pescadores.
Para o final da pescaria perto das três da tarde senti um picar, ferrei e senti algum peso, a meia agua o carreto começou a cantar e não sabia o que era aquilo, pensei que fosse um sarrajão, mas não, era uma cavala quileira como ainda não tinha apanhado, que bicho grande e que luta engraçada que me deu.
Um belo dia passado, com uma pescaria aos diversos.
Para a próxima irei mais fora tentar novamente os maiores, quem sabe se terei sorte, só lá indo é que poderei saber.
Até à próxima, que vem ai um fim de semana maior, só espero que o tempo ajude.
Ficam aqui umas fotos da pescaria.






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