segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A aquisição de Embarcação / Um Desabafo

Mais uma etapa ultrapassada e outra para vir.
Pois é, já encartado e com muita vontade de ir lá para dentro, lá começou a minha procura de uma embarcação em 2ª mão.
Antes de mais, acho importante que antes de fazermos este tipo de decisões, devemos ler bastante, ouvir opiniões e ponderar tudo muito bem antes de tomar uma decisão definitiva.
O que eu procurava era uma embarcação leve, que pudesse enfrentar algum mar, fácil de por e tirar dentro de agua, com motor até 25 Cv, pois não me apetecia dar mais nada, a esses senhores do estado, alem do que já descontava do meu salário e o mais barato possível, uma vez que o dinheiro não é muito aqui para estes lados.
A decisão estava tomada, após umas quantas conversações com a minha mulher, que nestas coisas sempre me apoiou, lá comecei a procurar uma embarcação.
Todos nós passamos bons e maus momentos na nossa vida, eu tomei esta decisão repentina em relação à carta e à embarcação por uma serie de factores, sendo os mais importantes, fazer algo que gosto e aproveitar a vida enquanto cá estou.
Posso vos dizer que a minha vida deu uma grande reviravolta nos últimos tempos.
À cerca de 8 anos atrás, foi diagnosticada à minha mulher uma doença cronica, 6 anos depois outra supostamente em consequência da primeira e durante todo este tempo, como devem calcular, não foi fácil, muitos hospitais, muitos internamentos, muita coisa tivemos de alterar na nossa vida, pois parecendo que não, tudo a nossa volta muda, desde o equilíbrio familiar até ao profissional tudo mudou.
A Morte do meu Pai, após mais de 10 anos de luta contra o caranguejo, também me fez ver a vida de uma forma diferente.
Um Homem que vi uma vida inteira a trabalhar e que partiu após receber o seu 1º mês de reforma.
Enfim, às vezes é esta a ironia da vida, é por estes factores que hoje acho que devemos aproveitar o melhor que pudermos enquanto cá estamos, pois a nossa passagem, pode ser mais curta do que pensamos.
Por estes motivos é que alterei o rumo à minha vida, tentei deixar de me preocupar com coisas fúteis, sendo menos consumista e dedicando mais tempo à família em detrimento do sucesso profissional que estava a correr tão bem. Mas como tudo na vida, tudo se altera, o que era um bom ambiente profissional passou a mau, pelo facto de trabalhar numa Seguradora, de um dos grandes grupos da banca deste Pais.
E embora já numa posição estável, os objectivos traçados para as equipas que "liderei", eram sempre muita parra para pouca uva e o meu perfil de liderança nada tem a ver com a "escravidão" ou deixar de tratar as pessoas como pessoas e trata-las como maquinas.
Também a minha taxa de absentismo aumentava, devido às assistências constantes à família, o facto de trabalhar em Lisboa e morar aqui em Setúbal, também não abonava nada a favor, pelo que pedi varias vezes transferência mas sem sucesso. Tinha demasiados conhecimentos para trabalhar numa delegação, foi assim que me disseram na altura.
Estava cansado, quase 14 anos de fato e gravata, da hipocrisia que se vive hoje em dia nas grandes empresas, daquelas pessoas que só nos falam se nos virem de gravata, outros que baixam a cabeça para fingir que não nos vêem, na competição desleal, e acima de tudo, como podemos passar de bestial a bestas e de bestas a bestiais.
Também já estava cansado, de ouvir todas aquelas pessoas sempre a queixar-se, eu bem reportava as coisas superiormente mas já sabia a resposta, temos de trabalhar com os recursos que temos, outras vezes até falei em defesa de outros sem me pedirem, pois cheguei a ver coisas que também não gostava que me fizessem a mim, quando era mais novo na empresa.
Chegaram-me a contar alguns colegas meus, que também coordenavam equipas que lhes chegaram a pedir que agora já não se dessem com a relé.
A mim nunca mo pediram, talvez por verem que o meu feitio não dava para isso,  sempre consegui por as coisas a funcionar dando-me bem com todos.
Em sete anos de empresa, consegui chegar mais longe, que algumas pessoas que liderei na altura com 30 anos de casa, mas sempre com trabalho e dedicação, muitas horas passei ali a mais sem receber um tostão. Era complicado ser o puto novo a comandar algumas tropas mais velhas, sendo que a maioria tinha a escola toda. Também nunca fez parte da minha educação, a hipocrisia ou o autoritarismo. 
Estava no sitio certo à hora certa como se costuma dizer, muito em parte derivado à facilidade que sempre tive com tudo o que era computadores e informática, os mais velhos já não tinham tanta paciência para fazer coisas novas, como trabalhar com sistemas novos. Na informática tudo lhes fazia confusão.
Também não os condeno, eram de uma geração em que era tudo feito à mão, em livros que mais pareciam Blocos A2 de tão grandes que eram, depois vieram os arquivos de processos, eram centenas de arquivos para colocar as ocorrências, depois o papel foi substituído pela digitalização, o fax pelo fax server enfim... aquelas pessoas tinham vícios de trabalho criados por mais de 20 anos de casa e de repente tudo mudou.
Era muita informação para a cabeça de qualquer pessoa, muita interpretação da lei e dos novos diplomas que iam saindo. Qualquer pessoa que fique ali mais de 20 anos, está completamente farto daquilo, era o prato do dia nos mais velhos.
Acreditem, trabalhar em sinistros é muito desgastante, toda a gente reclama e quer ver os seus problemas resolvidos, a pressão e os prazos a cumprir são muitos e o trabalho nunca tem fim, é um pouco desmotivante sairmos dali todos os dias e saber que as reclamações nunca vão ter fim, continuam a entrar às centenas por dia.
Bem voltando um pouco atrás, Depois vieram os mais novos, reclamavam em relação às condições de trabalho e nada faziam para alterar o rumo à sua vida. Eu, estava saturado daquele ambiente e queria mudar.
Como eu digo, sou imperfeito como qualquer um de nós.
Na vida, a meu ver à dois tipos de críticos, o destrutivo e o construtivo, sempre me vi mais no lado do construtivo, porque quase sempre, tentei encontrar soluções para as minhas criticas, talvez por isso não tenha inimigos, pelo menos que eu saiba. Posso ser imperfeito, mas se à coisa que eu sempre defendi foi a igualdade.
Sim podem dizer, qual igualdade?
Ela não existe em parte nenhuma do Mundo, mas eu vivo um pouco na minha utopia.
Lá cheguei a acordo com a empresa e sai, deixando a casa limpa como o meu Pai sempre me ensinou, nunca se sabe o dia de amanha.
Assim, neste momento, faço parte desse milhares no desemprego, vivo a vida um dia de cada vez, tentando com muita calma poder conseguir fazer algo que tenho em mente. Um pequeno projecto que espero vir a tornar real.
Alguns dizem que fui maluco, outros que me precipitei.
Sinceramente, maluco! Malucos são aqueles que vivem a vida numa ilusão constante e nem se apercebem o que andam cá a fazer, porque não vivem, sobrevivem. Se me precipitei ou não só o tempo o dirá.
No entanto, não quero ser mais um a lamentar-me daqui a uns anos por não ter tentado, fiz tudo com cabeça e coração, em família, não tomei decisões sozinho. Sozinho não estou e espero não ficar.
Prefiro ter pouco e ser feliz, do que muito e vazio por dentro.  
Bem desculpem o desabafo, mas às vezes faz falta.
Assim, dedico esta pagina ao meu Grande Pai, António Rebolo, o Bigodes como lhe apelidava, a quem agradeço a forma como me educou, bem como os valores e os princípios que me transmitiu.
À minha Mãe, um obrigado muito especial, por estar sempre a meu lado e apoiar-me da melhor forma que sabe, à minha mulher por tudo o que sempre foi e espero eu, sempre será, um pilar para mim e à restante família e amigos, que são o outro pilar que faz equilibrar as coisas.
Também decidi colocar, em memória do meu Pai, o seu apelido REBOLO , no nome da minha 2ª embarcação.



Pois bem, passo a mostrar a minha 1ª embarcação o FOGUETE.
Um Fibramar Pescador com 4,25 m.








Adquiri esta minha 1ª embarcação em Sines.
Passei por algumas aventuras. Quem anda no mar tem sempre historias para contar.
Vou contar uma,e que aventura, que passei numa das minhas primeiras saídas ali da "Rampa" do Outão, com os meus amigos Ricardo e Gonçalo.
Já não me lembro do dia mas foi em Dezembro de 2009, lá fomos nós à pesca embarcada, tínhamos de experimentar a embarcação.
Saímos cedo, e fomos para perto da doca da cecil, fundos maiores.
Vimos uns peixinhos na sonda, e vai de fundear.
Bem vai de fundear não é bem assim, porque o Ricardo Alentini, mandou o ferro para dentro de agua, mas sem a corda agarrada. Tinha só um pouco de corda e ele ficou a olhar para a fateixa a ir para o fundo.
E agora como vamos pescar sem fateixa? Vai de ligar o motor para ir buscar uma pedra grande, aquela praia pequena, mesmo ao lado da Figueirnha.
Pedra para cima da embarcação e la vai de ir novamente ali para os lados da Cecil.
Chegada ao local já com pedra agarrada ao cabo e vai de tentar fundear, tá bem tá, com as correntes que se fazem sentir ali na zona já é difícil fundear com fateixa, quanto mais com uma pedra. Então vai de pescar à deriva.
Muitas passagens feitas no local e nada, também não admira, a tentar pescar à deriva sem saber ler nem escrever, com material que não era para esse efeito, nem tão pouco conhecimentos para tal.
Então lá fomos para dentro do Sado, tentar apanhar os alcorraz, correntes mais fracas que nos deixaram fundear com a pedra.
Tarde bem passada as capturas quase zero, tirando o Ricardo Alentini que tinha apanhado um Ruivo e lá voltamos nós para a rampa do Outão, não lhe podemos chamar rampa devido ao estado em que se encontra, mas não tenho outro nome para aquilo.
Baixa-mar às 7 da tarde, epá não me tinha lembrado disto, espero conseguir tirar a embarcação.
Renault Kangoo para a areia da praia, juntamente com o atrelado e não é que quase lá ficava a carrinha atolada na areia..
Bem estava em brasa, como não previ isto das marés, a vontade era tanta de ir lá para dentro que nem se pensava nos perigos que podem ocorrer por não se planear bem estas coisas.
Vai de tirar a areia de volta dos pneus da carrinha, já atolada na areia e meter pedra por baixo de forma a tirar a carrinha dali rapidamente senão quando a maré enchesse estava feito. Ficamos quase uma hora, ate conseguir tirar a carrinha dali.
Por norma até costumam estar por ali viaturas 4x4, mas naquele dia ninguém estava por lá.
Depois de muito esforço, la conseguimos tirar a Kangoo da areia.
E agora, como tiro a embarcação daqui?
A maré já estava a vazar e pensei para mim, bem vou aproveitar enquanto ainda tenho este resto de luz do final de dia e vou andando até à rampa da Mitrena, para poder tirar o barco.
Decidi ir sozinho, para ser menos peso e ir mais depressa e ai vou eu, tinha passado já a doca dos pescadores ia a fundo, estava quase na doca das Fontainhas quando o motor parou. O que se passou tinha ficado sem gasolina, bem que inconsciência, pensei eu, ainda por cima sem ferro nem pedra, que já tinha largado aquando o final da pesca.
Vi a minha vida a andar para trás. A corrente a levar-me pela barra fora e eu sem forma de poder fazer o que quer que fosse.ainda tentei dar ao remo, mas ta bem está.
Vai de ligar para o Ricardo e Gonçalo que me aguardavam na rampa da Mitrena e explicar o sucedido, mas o que poderiam eles fazer, estava a ficar de noite e eu à deriva, a ser levado pelas correntes do Sado barra fora e nenhuma embarcação à vista.
Foram momentos de angustia, que me serviram de lição, pois sempre respeitei o mar e não o fiz daquela vez, talvez inconscientemente e face à pressão da situação anterior com a carrinha que nem pensei na gasolina.
A minha salvação, um pequeno veleiro, que vi a vir na minha direcção, já depois do Outão, a mais de uma milha da costa.
Vai de fazer sinais com a lanterna e eis que ele virou a proa para mim e veio na direcção da minha embarcação.
Ufa que alivio, lá expliquei o que se tinha passado e vai de reboque até ao clube naval onde falei melhor com o meu salvador e a sua família.
Eram de Vila Franca de Xira. Um casal novo, na casa dos trinta e poucos anos com um bebé de 3 meses e outro com +/- 3 anos.
Só vi as crianças, quando chegamos à doca do clube naval. Saíram de dentro do convés, até me arrepiei, pois lembrei-me dos meus filhos e da asneira que tinha acabado de fazer, a qual podia ter tido outras consequências.
A ironia do destino, era a 1ª vez que o casal metia o veleiro dentro de agua., e logo no 1º dia fizeram um reboque.
Agradeci do fundo do coração, não fiquei com o contacto dessa pessoa, mas deixei-lhe o meu, a pedido do mesmo, pois disse-me que não conhecia ninguém daqui e quem sabe um dia não vá ele precisar de uma ajuda nestes mares de Setúbal e eu estar por lá.
A partir deste dia tenho sempre o lema: Quem vai para o mar, avia-se em terra.
Dificilmente hoje em dia faria uma saída para o mar, como a que fiz naquele dia.
Acima de tudo, nunca nos devemos esquecer de respeitar sempre o mar, aprender com os nossos erros e planear as saídas com alguma antecedência. Devendo verificar tudo antes embarcarmos em aventuras.
Mais vale levar duas fateixas e um jerrycan com gasolina do que pensar que tudo vai correr bem e depois, surpresa!
Passando à frente, não vou aqui falar de pescarias, ou tentativas de pescarias, apenas vou deixar fotos da minha segunda embarcação, REBOLO.
Posteriormente noutro post, irei falar nas pescarias no FOGUETE, que já vendi ,e no REBOLO, a minha embarcação actual.
Aqui ficam então umas fotos da minha actual embarcação, adquirida em Agosto deste ano.







Aqui ainda tinha o nome antigo, FELIZES, sendo substituído pelo apelido do meu pai, REBOLO.
É pequenino, mas muito económico, até agora sempre me deixou ficar bem, tem um calado fora do normal para um barco desta envergadura e noto bem a diferença de navegação nele em relação ao meu ex. o fibramar, deixei os consumos exagerados bem como o cheiro a óleo de mistura.
Valeu todo o esforço que fiz para o comprar, a um senhor em Peniche que pouco uso lhe dava.
Estava e ainda está, praticamente novo e muitas pescarias espero fazer nele, durante muitos anos, ou talvez não, como diz a minha mulher.
Também dizia o mesmo do FOGUETE e nem um ano fiquei com ele.
O motivo da troca foi o vicio de querer ir muitas vezes ao mar, às vezes sozinho e assim economicamente é muito mais viável. Ainda pensei em comprar só um motor novo para o fibramar, mas depois resolvi ficar com o Argus e vender então o Fibramar.
Ao seu actual proprietário, o Mauro, rapaz ali da zona de Sintra desejo as maiores felicidades e que tudo corra bem nas suas saídas com o Foguete.

sábado, 23 de outubro de 2010

A carta de Patrão Local

Agosto de 2009.
Tinha iniciado o meu curso para obter a carta de patrão local, bem como a licença VHF.
Aulas em período pós laboral, das 21:00 às 00:00, numa das escolas que existem aqui em Setúbal para o efeito.
Um mês e meio de matéria nova para assimilar antes do teste final.
Aquilo era azimutes para aqui, rumos para ali, desvios, tabelas, cartas, luzes, marés........ enfim, uma quantidade de informação, que tanto vim a gostar de estudar, coisa que já não fazia à algum tempo.
Como comparação, é como o código da estrada, antes do exame estudamos muito e depois, à muita coisa que nos esquecemos. O mesmo se passa aqui, muita informação algumas importantes, outras nem por isso a meu ver. Muita coisa é esquecida, por não o fazermos com uma pratica regular. Bem, devido a tanta informação acaba por não se conseguir armazenar tudo. As cartas por exemplo, matéria que achei muito interessante mas que dificilmente irei meter em pratica na navegação de recreio.

 As minhas aulas praticas e teóricas a bordo do Cruzeiro do Sul,




 Eu aos comandos do Cruzeiro do Sul a receber indicações do mestre Marinho



Mestre Marinho, que tantos conhecem, despensa palavras.

Neste dia, fizemos a primeira saída de noite, onde depois praticamos o enfiamento da barra de Setúbal entre o Farol da Doca dos Pescadores e o Farol da Azeda. Tenho pena de não poder mostrar o que é navegar à noite, na barra de Setúbal. As luzes da cidade vista do mar é algo bonito de se ver.

Fiz o exame teórico e obtive 16,8 valores, lembro me de não conseguir responder a duas perguntas.
Uma de Radio Operador, VHF, que era mais ou menos isto: Quando a recepção de alguma palavra não for claramente percebida o que deve dizer?
A resposta era S-O-L-E-T-R-E, era simples demais para ser verdade, mas não me lembrei.

A outra era a aquela parte da Ancora, o Cepo, também não me lembrei.


No exame pratico, fiz a manobra de saída do cais da doca dos pescadores e homem ao mar.














Espero um dia, poder tirar a carta de Patrão de Costa, para já, vou gozar esta que tenho e que me permite fazer algo que tanto gosto.
Vou terminar com  uma frase que sempre gostei.

Os navios estão a salvo nos portos, mas não foi para ficar ancorados que eles foram criados.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Caça Submarina em Embarcação / Pesca Apeada vs Pesca Embarcada


As minhas primeiras saídas de Barco foram com o meu amigo João Gomes.
Amigo de infância, o João Matacão, como lhe chamávamos na altura, devido a sua estrutura e força em relação a qualquer um de nós.
Foi um amigo que sempre admirei pela sua calma e boa disposição, uma boa onda, como dizíamos na altura.
Crescemos e brincamos na mesma rua, onde morava a minha Avó.
A Rua nº 6, do Bairro do Caramão da Ajuda.
A partir dos meus 12 anos, por volta 1986, mais coisa menos coisa, deixamos de ter um contacto tão regular.
Mais tarde, por volta de 1992 a Caça Submarina veio fazer com que os nossos caminhos se cruzassem de novo, fazendo até 2008, muitas saídas de caça sub com ele.
Nos dias de hoje, já o fiz pescar varias vezes à cana, na embarcada, mas diz que não lhe dá pica. Continua a ser um apaixonado pela caça submarina.
Ainda me lembro de fazer com ele a sua 1ª nocturna, em Sesimbra, depois de ele ter comprado uma lanterna Philips, aquilo sim iluminava, mas face à sua dimensão, passado uma hora já fazia diferença no pulso.
O João Gomes, tem uma boa apneia, fazendo mergulhos mais fundos e com melhores resultados. Tenho pena que nunca nos tenha acompanhado aos Açores, embora já tenha ido lá fazer as suas caçadas. Mas juntos, nunca se proporcionou.
Pode ser que um dia ainda nos encontremos todos lá, e recordar os bons momentos que passamos naquelas Ilhas.


A sua 1ª Embarcação "STAFF", onde fiz a maioria da Caça Sub. embarcada.




Basicamente as nossas saídas eram feitas de Sesimbra, batíamos mais a zona do Espichel.
Também fizemos algumas pescarias em Sines, Sagres, Lagos, Sintra e Peniche, foi com ele e com o Nuno que mais caçadas fiz.
Depois veio o Capeli Tempest 600 onde fizemos umas pescarias interessantes o STAFF I, mas cada vez as restrições para a caça Submarina eram maiores aqui na zona de Setúbal e então decidi meter de lado o material de caça Sub.









Foi aqui que se iniciou o meu vicio da pesca embarcada, no inicio de 2009.
Após a compra de uma cana Abu Garcia por 12 euros no DeBorla, com 1,80 para o spinning, e um carreto Trabucco Xanthos DL Long Cast, que utilizava no SurfCasting,  mas que me serviu para a 1ª pescaria embarcada, trazendo para cima dois pargos e um polvo ao mesmo tempo. A cana parecia que se ia partir a qualquer momento, mas para mim foi um dia e tanto nunca tinha apanhado aqueles peixes à cana.
Recordo-me que saímos de Sesimbra em direcção à Comporta e como na altura tínhamos pouca experiencia a fundear aquelas profundidades, (40 metros) resolvemos agarrar o barco a uma bóia dos covos que estava por ali.
Hoje em dia sei que tivemos muita sorte no pesqueiro, sem a mínima experiência, lá ficamos nós a apanhar pargos, bicas e besugos, foi em Março de 2009, pescaria realizada com os meus amigos João Gomes, Gonçalo e Ricardo (Alentini), a bordo do Staff I.












Desde 2008, que me dedicava à pesca de costa, inicialmente boia, depois SurfCasting, um pouco de spinning e até um ano e meio de campeonato no clube de sócios da empresa onde trabalhava, sendo que fazíamos por ano, 4 provas de mar e 4 de aguas interiores, mais uma especial, que normalmente era em São Martinho do Porto.






Saídas no autocarro alugado pelo clube por volta das 5:30/6:00 da manha, do Campo Grande, mais aqueles que levavam carro com familiares a amigos. 
Chegavam a ser quase 40 pescadores e com família e amigos perto dos 60.
Aprendi muito com os mais velhos, muitas historias ouvi naquelas viagens de autocarro, das suas pescarias, das suas técnicas, um ambiente muito saudável, mas não nos poderíamos esquecer que existia competição, o que por vezes trazia as discussões dos reformados, as quais me faziam sempre rir. Eram discussões que acabavam sempre bem, pois no final das etapas, juntávamos familiares e amigos nos locais já definidos dos anos anteriores e era patuscada até ao final do dia, um verdadeiro piquenique.
Muito obrigado às senhoras de todos estes pescadores, que levavam petiscos do arco da velha e sobremesas ainda melhores, a isto juntando o belo do tinto caseiro, feito por tantos daqueles senhores, que normalmente me fazia dormir no caminho de regresso a casa, tal era a zoeira que apanhava.
Vivi com aquelas pessoas, na maioria reformados da empresa, momentos de boas experiências, pois era o mais novo e todos gostavam de me ensinar e contar historias.
Mas foi com o meu amigo e ex. colega de trabalho Carlos Teixeira, também reformado desde Julho de 2010, que mais aprendi, em especial no SurfCasting e na pesca de aguas interiores, que era uma novidade para mim.

Foi no Torrão que apanhei a minha 1 carpa, quase 1 Kg, após o amigo Teixeira estar a preparar durante 30 minutos, a minha cana, pronta para pescar a Pesca à Bolonhesa, técnica que nunca tinha praticado.O trabalho que aquilo dava a montar.
Sinceramente não é o meu tipo de pesca, de terra, a que prefiro é o SurfCasting, mas decididamente seria a embarcada a ganhar esta luta.
Engraçado, a Pesca, foi algo que comecei a fazer sozinho, porque na maioria das vezes prefiro ir sempre com companhia, mas quantas vezes me apeteceu ir e não fui, ou por não ter companhia, ou porque tantas outras razoes.
Assim, comecei a ir algumas vezes sozinho, aqui para o Rio Sado, fazer o meu SurfCasting, ou Spinning, e hoje em dia não me importo de ir sozinho, fazer algo que tanto gosto, pescar.
Dai até meter na cabeça que tinha de tirar a carta e comprar uma embarcação, foi pouco tempo.
Um esforço de poupanças nos meses seguintes e voilá, vamos lá tirar a Carta.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A Caça Submarina / Os Açores



Como começou esta paixão pelo Fundo do Mar.
Foi por volta de 1988 que me iniciei na Caça Submarina, também na Zona do Espichel e Sesimbra.
Recordo-me das imagens dos cardumes que via de cima das falésias onde pescávamos, na altura apanhava à cana: Salemas, Bogas, Tainhas e Garrentos, Cavalas e Carapaus, Sargos e Peixes Porco, Peixe Agulha e outras tantas espécies.
Lembro me também dos aparelhos que o meu pai fazia para o polvo, em rede, com uma meia de vidro lá dentro, com carapau ou peixe espada.
A minha curiosidade chamava por mim, o que eram aqueles vultos que eu via lá em baixo.
Recordo que numa das pescarias no Espichel, levei a espingarda de caça submarina, que na altura tinha sido dada por um amigo e estava em cima das rochas, a dar tiros para dentro de agua a ver se acertava nos cardumes que por ali passavam. Nem um peixe apanhei, assim que o arpão entrava dentro de agua a sua trajectória era de imediato alterada."Ai que vontade tenho de ir ai para dentro ter com vocês.... pensei para comigo."
Nesse mesmo dia, após virmos da pesca fui ter com um amigo a casa dos seus Avós, para ir buscar emprestado um fato de mergulho, era do tio e só o utilizou salvo erro em Inglaterra em aguas mais frias, era um fato de 0.9 mm, bem como um cinto de chumbos com 3 Kg.
Já estava, barbatanas arma e óculos já tinha, fato e cinto chumbos emprestados da próxima eles iam ver.
E finalmente aconteceu, o fundo do mar no Cabo Espichel é magnifico, algo que não nos esquecemos facilmente, grande flora e grande fauna. O 1º impacto foi algo de extraordinário mas o fato de 0.9 mm tinha pouca mobilidade chegando ate a ficar com calor, também tinha muita dificuldade em mergulhar só tinha 3 Kg de chumbo e com um fato daquela espessura não à barbatana que nos leve para baixo.Neste 1º mergulho, quase no momento que estava para sair, reparei que na parede da rocha onde entrava e saia estava um polvo e vendo melhor ao meu redor estavam mais dois relativamente perto, la apanhei os 3 à mão, sem arma pois já agarrava neles sem problemas, por causa dos aparelhos do meu pai aquando a Pesca à Cana e lá foram eles um a um para dentro do saco de rede. Recordo a expressão de alegria do meu amigo David Coelho, que na altura estava a acompanhar-me de cima das rochas, em menos de cinco minutos viu-me a apanhar 3 Polvos.
Fiquei maravilhado da forma como os Polvos se camuflavam, se-calhar já ali estavam aquando a minha entrada e nem reparei neles, havia tanto para aprender.
Depois foi Setúbal e Sesimbra, dos Pés de Galo no molhe exterior até quase à zona da Azoia, tudo foi minimamente explorado e experimentado.
A Caça Submarina exige uma pratica constante a fim manter uma boa apneia e tal não era possível com essa regularidade porque na altura vivia em Lisboa e o único meio de transporte era uma Yamaha XT 600 do meu amigo Nuno (Fobias), com quem comecei a partilhar os momentos de Caça Sub.
Ainda me lembro de uma das viagens de regresso a casa de moto com todo o material chegarmos a meio caminho e sentir-mos um cheiro a queimado, era o fato novo do Nuno a queimar no tubo de escape da XT 600 depois de derreter a mala que o transportava.
Mas o que não fazíamos para fazer uma caçada, estão a imaginar o que é levar material para fazer caça Submarina para duas pessoas numa moto de Lisboa a Setúbal ou Sesimbra, mas a vontade era tanta que la se arranjava maneira de caber tudo e mais alguma coisa.
Lembro-me que pouco tempo depois comecei a ir à noite, na altura ainda não havia legislação que não o permitisse fazer.
E que experiência também inesquecível, recordo que quando o fiz pela 1ª vez fiquei eufórico é algo indescritível a meu ver, um silencio absoluto apenas o foco da lanterna a iluminar e quando a desligamos vemos bolhas quase verdes fluorescentes que percorrem o nosso corpo e todos os organismos à nossa volta, quem já o fez sabe certamente ao que me refiro, uma visão de maravilhar qualquer um.
Nessa altura já tinha carro, ia para Santana para casa de um irmão de um amigo, ambos praticavam Caça Submarina de noite na zona de Sesimbra e foi com eles que comecei as caçadas à noite.
Era chegar a casa deles, molhar o corpo na banheira com agua quente para vestir os fatos que na altura já eram os especiais caça, preparar e verificar o restante material, toalhas para cima dos bancos do carro e arrancar para Sesimbra onde assim que chegávamos quer da praia, quer do molhe exterior, (Pés de Galo) era logo para dentro de agua.
Foi em Sesimbra que comecei a conhecer algumas espécies novas para mim em termos de capturas, a Solha da Pedra, a Abrótea, o Lírio, a Santola e o Cavaco, o Choco, o Safio, o Robalo, o Pargo etc...
Lembro-me de uma noite perto da praia dos coelhos em Setúbal, onde numa pedra pequena estavam oito boas Santolas, bem como os Cavacos pequenos, que eram às dezenas nos Pés de Galo.
Foram experiências muito gratificantes das quais gostava de ter fotos para poder recordar algumas capturas, mas infelizmente não tenho, como o 1º Pargo em Sesimbra o primeiro peixe que deu para 4 pessoas no forno, ou o 1º Robalo, são aqueles momentos que todos gostaríamos de ter fotografado para mais tarde recordar.





Mas sentia que algo faltava, então uns anos depois e após umas poupanças lá vieram os Açores pela 1ª vez.
Para começar bem esta viagem, recebi como prenda, "oferta da minha mulher" uma arma nova, "uma Picasso de 1m em carbono" oferta do nosso 1º ano de ajuntamento como lhe chamamos, dia 03-06-2001 uma data especial, ainda hoje vivida com esta minha pequenina Grande Mulher.
Era um sonho tornado realidade e nada podia falhar. Não é todos os dias que se consegue juntar 4 amigos o Gonçalo o Nuno, o Pedro Loiro e eu, para fazer tal digressão à Ilha de São Jorge ficando 15 dias de ferias.

Na altura só conhecia os mares dos Açores pela revista Mundo Submerso e pelos relatos do meu amigo Gonçalo, que já lá teria estado e dito maravilhas daqueles mares e daquelas gentes, depois aquele verde imenso um verdadeiro Paraíso Perdido, como lhe apelidaram na altura numa reportagem que vi posteriormente na RTP 2.
Lá, vim a saber que era o único sitio das ilhas dos Açores onde se reproduziam Ameijoas, a Fajã da Caldeira de Santo Cristo.Um local inacessível para um carro, um caminho de cabras de quase 7 Kms percorridos a pé com uma mala de Campismo com mais de 35 Kg. Mas valia a pena, era para poder chegar ao paraíso. 




Os romeiros.
Era aqui que ficávamos, nos romeiros, aquela casinha comprida por baixo da igreja.
Os romeiros, eram a casa de passagem de muita gente, em especial daqueles que nas romarias faziam grandes caminhadas e ali descansavam, recordo-me que para obter a chave, teríamos de ter autorização do padre por escrito e depois havia um dos poucos habitantes da Fajã, que lia a mensagem do padre e nos dava as chaves.



A nossa vista de manha ao acordar, bonita não?

Penso que esta foi a 1ª pescaria no lado sul da ilha.
A nossa cara de felicidade, mesmo sem apanhar nenhum peixe de bom porte. Estávamos mesmo felizes, de poder estar ali juntos a desfrutar aqueles momentos.


















As Vegas, que os Açorianos tanto apreciam.
Mais tarde vi o que lhes faziam, eram secas ao sol cerca de 3 dias e depois directamente para bidões de 250 litros acamadas umas em cima das outras e cheias de sal.
Um verdadeiro Bacalhau, ficando eu na altura admirado com o seu sabor, eles lá sabiam o porque de as preferirem aos outros peixes.









Bem, a experiência dos Açores foi mais uma para a historia, aqueles 15 dias, uma vida de nómada em que pescávamos para comer e para oferecer o peixe que apanhávamos, adorei conhecer aquele imenso mar azul, as espécies novas em termos de capturas, "a Moreia, o Moreão, o Mero, a Garoupa, o Enchareu, a Anchova, a Barracuda", as Fajas, as artes de pesca que falarei mais à frente e aquelas pessoas que são de uma simplicidade e simpatia que me deixaram sem palavras.
Depois lá veio a 2ª vez, desta vez com a minha mulher e os meus amigos João Fonseca e Gonçalo.
Desta vez nem pescamos no lado Sul, fomos direitinhos para a Caldeira de Santo Cristo, local que já falei atrás, mas já não seriamos nós a carregar o material, mas sim a moto 4 que podem ver nas fotos abaixo.












 

Os romeiros local onde ficamos a dormir tal como da 1ª vez que la estivemos, na Fajã da Caldeira de Santo Cristo.   

Lamentavelmente não tenho fotos das pescarias. Também o tempo não permitiu fazer as mesmas jornadas que fizemos uns anos antes. Desta vez, a maioria das fotos foram tiradas já em formato digital e arderam uns anos depois, quando tive de formatar o pc, ou talvez ainda as encontre nas dezenas de dvds que tenho com backups, a ver vamos.
Mas felizmente, houve outras, tiradas na maquina de rolo, que já digitalizei e consegui assim recordar outros momentos que vos irei falar de seguida.


                                                                       A Tarrafa

Pois ora ai está, uma técnica que não conhecia e vi ao vivo pela 1ª vez nos Açores, a Tarrafa.
"a foto de cima e só ilustrativa para a arte de pesca"

Posso vos dizer que neste dia o mar estava bravo, o tempo para o chuvoso e ventoso, sem condições para a Caça Sub, mas o amigo Moisés Reis, em menos de meia hora arranjou logo petisco, meio balde de peixinhos para a fritadela, eram Sarguetas e Tainhas na maioria, apanhados dentro da lagoa.
Como me impressionou quando o vi lançar pela 1ª vez a rede e quando a puxa vinha com mais de 10 peixes.






























Nesta lagoa, habitavam Sargos e Pargos com mais de 2 Kg, os quais entravam pequenos, ficavam por ali e depois já não conseguiam sair.
Os Meros pequenos eram às dezenas, imagino que os grandes também estariam por lá, mas mais bem escondidos. A visibilidade na lagoa era muito pouca, cerca de 1,5 m.
No Pontão desta lagoa, "foto abaixo" onde amanhava o peixe, dei uma vez de comer a duas moreias, que colocavam a cabeça fora de agua, para apanhar as tripas dos peixes que estava a arranjar e as quais usava para brincar com elas. Hoje em dia, imagino o que se poderia fazer ali com uma cana e material adequado.
Muito brincámos nós na Lagoa, ao final do dia, com as canas de bambu e um pouco de linha e anzóis pequenos que tinha levado, com bocados de esferovite ou cortiça a fazer de bóias.








Uma Caçada às Cabras Selvagens.

Que Aventura, a minha 1ª ida à caça, com o Moisés Reis e o seu irmão José Reis, com os seus Cães de Caça, bem como o Gonçalo e o João Fonseca.
A caminhada era longa, teríamos de passar o fim da montanha que vêm na  1ª foto com a maré baixa, doutra forma era difícil passar para o outro lado e lembro-me que esta foto deve ter sido tirada por volta da 5 e meia da manha, logo com uma aguardente no bucho como pequeno almoço, para poder aquecer uma vez que o caminho a percorrer era longo.

As cabras teriam fugido aquando o grande terramoto de 1980 e procriado nas montanhas, chegando a ser uma praga. Apareciam de vez em quando nas falésias e mais perto da costa.
Recordo-me no dia anterior a esta aventura, o Moisés estar a apontar para as montanhas e dizer que estavam lá dezenas de Cabras. Eu sinceramente só de binóculos as consegui ver. É de facto impressionante as experiências vividas com estas pessoas, a forma como nos transmitem os seus conhecimentos sendo que alguns deles passaram de gerações em gerações.




Apanhamos sete cabras ao todo, foi uma experiência inesquecível, recordo-me de irmos pelo calhau costa fora e de repente as cabras começarem a aparecer, os tiros de caçadeira faziam eco naquelas falésias e o ladrar dos cães de caça que se agarravam as cabras numa luta sem tréguas ate que os donos as agarrassem e prendessem.




O Leão, à esquerda e a Pulga à direita. O descanso dos Guerreiros.
Apanharam 3 cabras vivas, uma delas, a que está na foto que se segue.                                                                                                                                                             


Continuo a preferir a pesca, mas acho que é algo que deve ser  recordado, que cenário diferente daqueles que tinha vivido até agora, mais uma para o álbum de recordações.


Um brinde, com a celebre aguardente de Amora, uma verdadeira delicia daquelas terras, e por falar em terra,  aproveitando que estamos a sair do tema principal, que é o Mar e a Pesca, aqui ficam umas fotos da apanha da batata e de como o Moisés Reis ensinava os cães de fila Açorianos a não ter medo das cabras, estas ainda referentes a 1ª viagem aos Açores.





Assim, dou como encerrado este capitulo dos Açores, muito ficou por dizer e mostrar, mas não posso deixar de dedicar esta parte dos Açores, ao Grande Sr. Moisés Reis, a quem estou abraçado na foto acima juntamente com o Gonçalo. Um verdadeiro Mestre em tantos ofícios, sendo um deles a Pesca.
Infelizmente, também já não está entre nós. Não sei como partiu, mas sei, que me quero recordar dele como sempre o vi, uma pessoa simples e humilde, que nos recebia em sua casa como se fossemos parte da sua família e que tudo fazia para que aproveitássemos ao máximo a nossa estadia, proporcionando-nos momentos tão agradáveis.
Obrigado Moisés.